quinta-feira, 31 de março de 2016

Acho que meu marido fez alguma coisa com um dos gêmeos - Parte I

Não sei por onde começar. Bem, se eu estivesse ouvindo outra pessoa contar esta história eu pensaria que ela precisa ser presa numa camisa de força. Eu pensaria que ela está louca. Mas isso aconteceu, e aconteceu comigo. Então eu acho que começarei pelo começo, como aconteceu.


Phillip e eu nos conhecemos através de uma festa de Natal da empresa, há cinco anos. Na verdade eu nunca tinha o visto antes, o que não é incomum, a empresa para a qual trabalhamos tem mais de 300 funcionários. Eu estava lá com uma amiga que trabalhava no mesmo departamento que Phillip e na realidade não parecia que ela iria nos apresentar; mas ela nos apresentou. Ele veio até nossa mesa para fazer uma piada sobre como o chefe do QC já estava bem “alto” e colocando a culpa em um assistente, nós nos demos bem.


Fofocas sobre nós giravam e rodopiavam como um redemoinho. Phillip estava no caminho de ser promovido a gerente e eu ainda estava mergulhada nos estudos para terminar meu MBA. Em nossa empresa, experiência não significa muito considerando as pessoas em pele de cordeiro que vetam você. Eu poderia passar dias contando histórias sobre idiotas graduados que não deveriam ter permissão para liderar um desfile, quanto mais um departamento inteiro. O ponto é: a fofoca era que eu estava namorando Phillip para crescer na empresa. Isso ficou tão ruim que deixamos de ir aos eventos da empresa juntos. Phillip ainda ia, ele teve com os mandachuvas e jogar o jogo político do escritório. Eu ficava em casa ou saia com minhas amigas. Dentro de um ano eu deixei a empresa para um cargo com melhor salário e o mais importante: sem fofocas.


No ano seguinte nós nos casamos. Eu sei que toda mulher pensa que o próprio casamento é o casamento do século, mas o nosso foi verdadeiramente especial. Nós nos casamos na igreja que eu frequentava desde que mudei para Boston, com o sol brilhando através das janelas de vitral. Enquanto eu caminhava para o altar, Phillip me viu e chorou. Quando ele colocou a aliança no meu dedo, uma faixa fina de ouro com um pequeno diamante, suas mão tremiam. Logo após nosso primeiro beijo como marido e mulher, ele sussurrou em meu ouvido: “se você multiplicar todas as estrelas do céu por todos os grãos de areia de todas as praias, ainda assim você nunca chegará perto do quanto eu te amo”. Durante nossa primeira dança, ele sussurou a letra da nossa música. Fiquei tonta de amor. Passamos a lua de mel em Bali e, embora nunca tenha sido dito em voz alta, a esperança era que eu engravidasse.


Phillip e eu sabíamos que o relógio estava contra nós. Embora fossemos jovens, meu relógio biológico estava tocando alto. Eu tinha trinta e três anos e minha fertilidade estava em declínio. Os médicos disseram que, estatisticamente, minha fertilidade havia caído 20%, mas que se isso não acontecesse em um ano então nós deveríamos nos preocupar. Phillip e eu não estávamos preocupados. Nossa vida sexual era fenomenal. Deus, não acredito que estou dizendo isso na internet. Mas é verdade, nós fazíamos amor frequentemente, como se o destino do mundo dependesse disso. Nós sabíamos que já queríamos um filho. Ele estava esperando que fosse um menino, todos os caras esperam, não? Um garoto para jogar bola, pescar, que se pareça com o pai. Eu já não me importo muito. Eu estava ansiosa para viver a gestação. O enjoo matinal e tudo, eu queria a barriga grande e sentir os chutes.


Finalmente, oito meses de casados e recebemos a notícia: eu estava grávida. De gêmeos, nem mais, nem menos.


Phillip e eu estávamos muito empolgados, para dizer o mínimo. Meus pais imediatamente se ofereceram para pagar a creche com todos os serviços. Os pais dele morreram há anos, mas quando visitamos o túmulo e contamos a eles, ele disse que sentiu como se tivessem dado sua bênção. Eu senti como se minha vida fosse realmente abençoada, nós tínhamos mesmo um círculo completo. Eu tinha um ótimo trabalho, meu marido tinha um ótimo trabalho, eu estava a dois semestres de concluir o MBA, estava grávida e meus pais iam pagar a creche dos dois bebês. Nós começamos a procurar uma casa. Tínhamos um apartamento de dois quartos, mas não acho que 60 m² seriam suficientes com os gêmeos rastejando. Phillip encontrou uma antiga casa de fazenda fora da cidade e embora fosse um pouco mais cara que o nosso orçamento, nós a compramos.


Foi quando as coisas começaram a se desfazer.


Eu nunca quis viver fora de Boston. Eu cresci na confusão e agitação da cidade; achei que tivéssemos o acordo de comprar uma casa na cidade. Mas Phillip foi insistente sobre a fazenda. Eu não gostava que isso adicionasse uma hora ao meu trajeto e 45 minutos até o hospital que escolhemos. Phillip dizia que as mães de primeira viagem tinham longos trabalhos de parto, e não era como se estivéssemos em um lugar remoto. Além disso, eu tinha que admitir que seria bom ter um quintal grande.


Três semanas depois de assinarmos os papéis, descobri que os gêmeos eram um menino e uma menina. Phillip tinha uma expressão estranha em seu rosto. Quando o ultrassom mostrou o primeiro bebê, nosso filho, parecia que ele tinha ganhado na loteria. Quando a imagem mostrou mais para a direita, nossa filha, ele vacilou. Ele olhou como se tivesse levado um soco no estômago, mesmo que apenas por um segundo. Foi tão breve que eu me perguntava se havia imaginado. O técnico em ultrassom nos perguntou se não tínhamos pensado nos nomes. Antes de eu abrir a boca, ele respondeu “Henry Sebastian.” “E para sua filha?” “Ela não tem nome.”


O técnico recuou e eu ri nervosamente. Eu disse que ele realmente estava esperando por um menino, então ele não tinha pensado com muita antecedência. Phillip sorriu e concordou. Eu tentei não pensar em nada disso. Quando chegamos em casa, perguntei sobre a importância do nome Henry Sebastian. Nós nunca tínhamos discutido o nome nem nunca tinha ouvido ele falar que tivesse qualquer preferência.


“Henry Sebastian é um nome de governante. Henry significa poderoso. Sebastian significa reverenciado. Nosso filho será reverenciado e poderoso.” “Tudo bem... e sobre nossa filha?” “Eu não ligo.”


Eu estava perturbada por ele pensar tanto no nome de nosso filho que ainda nem nasceu e não pensar no nome de nossa filha, mas ele esperava tanto por um menino. Ele só precisava de algum tempo para se acostumar com a ideia de ter uma filha, era isso.


Minha mãe e eu começamos a trabalhar na decoração da casa nova. Phillip era exigente com a pintura das paredes, mas ele era amoroso, carinhoso e adorável. Ele massageava meus pés e minhas costa, e muitas vezes colocava a mão na minha barriga cada vez maior. Mamãe e eu escolhemos os berços e decidimos o tema para o quarto: patos amarelos.


Phillip, que era um participante ativo para o resto da casa, era decididamente inativo para o quarto dos bebês. Mamãe disse que era normal. Phillip estava nervoso sobre como se tornar um bom pai, ver o quarto o deixava mais nervoso.


Duas semanas depois, em uma consulta de rotina, minha médica perguntou se queríamos fazer uma amniocentese. Ela disse que iria testar coisas como espinha bífida, síndrome de down e fibrose cística. A Dra. Whiting afirmou muito francamente que, se um ou ambos os gêmeos apresentassem uma anomalia grave, poderíamos escolher por um aborto seletivo. Fiquei horrorizada por esta ser uma opção. Phillip disse que iria manter a mente aberta sobre essa opção em particular. Olhei para ele como se fosse um estranho.


Quando chegamos em casa, eu literalmente gritei do fundo de meus pulmões para ele. Minha garganta doía e eu gritei com muita força.


“Matar um de nossos bebês?! Vá se foder, Phillip!”


“Isabelle, pense nisso. Se um deles for gravemente deformado, você acha que poderá lidar com isso? Com a sua carreira e a minha? Você acha que é justo com a criança? Ela teria uma vida que não é nada, com os testes, médicos e cirurgias. Eu acho que nós precisamos descobrir antes de seguirmos um caminho. Amor, tenho certeza que está tudo bem. Tenho certeza que dentro da sua barriga linda os dois bebês estão bem. Mas eu acho que precisamos manter a cabeça aberta.”


Quanto mais ele falava, mais eu era tranquilizada. Não me dei conta no momento, mas sempre que ele se referia ao bebê que poderia ter um defeito de nascença, nunca era nosso filho, era sempre nossa filha. Se eu tivesse percebido isso, talvez eu estaria segurando dois bebês em vez de um.

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CONTINUA...

Um homem que estava desaparecido a 137 anos, reapareceu na delegacia em que eu trabalhava.

Falaram que é o nativo em mim que me torna um bom desvendador de trilhas. Já encontrei 16 pessoas desaparecidas em Nevada, 23 na Califórnica, 49 em Utah e mais centenas em Washington. Descobri que a cidade de Black Lake no estado de Washington é a mais bonita, e é onde eu quero descansar com a mulher que conheci enquanto pescava no lago. Ela foi sortuda em conseguir um emprego como professora da segunda e quarta série da escola fundamental local, eu fui sortudo suficiente para conseguir um emprego no departamento da polícia local e ganhar dinheiro suficiente para provir para minha família, a qual agora incluiu uma bebêzinha também.


A delegacia de Black Lake me colocou em casos de pessoas desaparecidas, os quais haviam vários. Uma cidade desse tamanho deveria ter uma dúzia de desaparecimentos por ano, no máximo. Uma cidade grande deveria ter milhares, mas Black Lake tem uma história de mais de dezenas de milhares de sumiços, o que foi abafado pelos políticos locais. Fiquei sabendo pelo antigo comandante que bairros inteiros sumiam da noite para o dia, e que eu tinha que dar o meu máximo para encontrar algumas dessas pessoas. Mas eu nunca encontrei um desaparecido no meu curto período de estadia em Black Lake.


Em um fim de tarde, enquanto eu estava em um plantão noturno enquanto Rod Serling me falava através da TV em preto e branco sobre o auge do conhecimento e medos dos seres humanos, um homem com com os pés embrulhados, calças bem detonadas e uma camiseta de pijama ao contrário, entrou dentro da delegacia, olhou em volta com um olhar assustado e me pediu um copo d'água.


Levei o homem até a sala de interrogação e servi a ele um copo d'água. Perguntei seu nome, e me respondeu que era Silas MacMurray. Coloquei o nome dele na pesquisa do meu celular, ele observou como se fosse um equipamento alienígena. O nome dele coincidiu com um nos arquivos de desaparecidos. O nome era dos arquivos da antiga delegacia, era um relatório de uma pessoa desaparecida em 1879, o qual estava anexado um lindo desenho feito a mãos do homem em questão, desde o o nariz torto até a barba rala. Era ele ali na minha frente, sem dúvida nenhuma. Silas era um vendedor de máquinas a óleo e bastante amado por sua comunidade, como dizia em sua ficha. Mostrei para ele meu tablet, o qual ele pegou em suas mãos como se fosse uma relíquia sagrada e brilhante. Fico envergonhado em dizer que achei que ele estava drogado quando perguntei como havia chegado ali. Aqui em baixo há uma transcrição da gravação da sala feita as 22:34:


"Acordei em uma noite precisando usar a latrina. Quando lá fora, fui banhado por uma luz branca. Não lembro de mais nada até o quarto rosa, onde vi o pouco que havia para ver: vários escravos como eu separados por galés, todos coletados de zoológicos por todo universo. Algo... me disse que tudo aqui, incluindo humanos, há muito tempo atrás era uma raça inteligente, mantidos em nosso planeta para proteger o... ambiente? Eles pegavam apenas os saudáveis e felizes. Eu estava na segunda galé, a segunda mais difícil de se comunicar - eles apreciavam a primeira galé. Há criaturas acima de nós, me refiro a nós homens, são criaturas de pura luz e energia. Esses que comandam a nave conversam com eles o tempo todo, estão sempre livres. Todos na segunda galé eram escravos como eu. Não sei o que eles fazem com a última galé. Eu já vivi mais de mil anos, senhor, isso posso falar até para Deus. Naquela época, eles me entregaram como um brinquedo, um entretenimento, um animal de estimação. A cada cem anos eles me mandam aqui para baixo por uma noite, pois acham que isso vai me deixar mais feliz, mas não, não me deixa. Então - por favor, me mantenha aqui. Me prenda na sua cela mais resistente, te imploro. Eles não podem me levar novamente, tenho certeza que nunca retornarei. Não sou mais saudável nem feliz."
Com o pedido do senhor MacMurray, eu o levei até a "sala silenciosa", uma cela de concreto acolchoada com uma porta de tranca tripla. Eu dormi sentado em uma cadeira de metal do lado de fora da cela dele, armado com uma espingarda carregada, mas fui acordado por uma luz branca cegante e algo que parecia o som do maior velcro do mundo sendo separado um do outro. Sumiu tão rápido quanto apareceu. Eu destranquei as três trancas da porta e abri para descobrir que Silas havia desaparecido. Demorei duas horas para explicar os eventos daquela noite. Voltei para minha casa cansado, esperando ver minha linda família. Encontrei nada mais que uma casa vazia. Usei todos os recursos que tinha para tentar encontrar minha amada esposa e querida filha, mas no final elas se tornaram apenas mais duas pessoas desaparecidas na cidade de Black Lake.
Elas eram felizes e saudáveis, sabe? Foi por isso que foram levadas, junto com Silas. Acho que, inclusive, Silas estava feliz trancado dentro da cela pois eu disse que ele estaria seguro. Eu nunca serei levado pela nave, pois nunca mais serei feliz.


FONTE

Parem de ser tão medrosos

Não há nada assustador nas florestas. Desculpa, gente. Ou melhor, talvez eu devesse dizer "Desculpa, crianças". Eu entendo. Vocês viram A Bruxa de Blair ou leram alguma "creepypasta" de merda em algum site e, de repente, alguns dos lugares mais lindos do planeta viraram o paraíso de demônios, zumbis ou qualquer outra porcaria que os escritores estejam inventando hoje em dia. Mas, adivinhe só: é tudo coisa da sua imaginação. Olha, lembro como era ser criança. Eu tinha uma mente muito criativa: fantasmas, gnomos, duendes, aliens, blá, blá, blá... Mas sabe o que aconteceu? Eu fiz 13 anos. E vi o mundo real.


Aqui está o motivo para que esse papo furado de "uuuh tenho muito medo de ir em uma floresta" me irrita tanto. Moro perto de um parque estadual. Há várias empresas locais que conseguem prosperar com os grandes números de alpinistas, piqueniques, e os excursionistas que costumam vir na primavera, verão e outono. Mas nos últimos anos, coincidindo perfeitamente com essas crianças e adolescentes chorões que ficam falando uns pros outros quão amedrontados estão, os negócios diminuíram e perdemos muito dinheiro. Sim, sou dono de uma dessas empresas. Uma barraquinha de sorvete.


Eu podia ver a modinha que se formava. Pré-adolescentes pálidos e vestidos de preto que viajavam com seus pais ficavam resmungando que estavam com medo de fazer uma caminhada de um quilometro em uma trilha imaculada porquê teriam árvores assustadoras no caminho. Falavam isso enquanto comiam seus sorvetes. Fiquei pensando o que meu pai fariam se eu tivesse reclamado por ter medo de caminhar ao ar livre por uma tarde. O único sorvete que eu teria ganhado seria para por no meu olho roxo.


E eu perdi grana por causa dessa merda. Meus colegas também perderam dinheiro. Casais se separaram, adolescentes perderam a chance de irem para as faculdades que queriam, e a economia local, sem contar com a renda que conseguiam com os esquiadores no inverno, foi por água abaixo. E tudo isso por causa desses pequenos idiotas que acham que choramingar e se acovardas é mais lindo e desejável do que ser forte e resiliente. Eu choro é pelo meu futuro.


Minha barraca de sorvete deveria ser reaberta no 1º de Abril. Daqui a poucos dias. Mas já estou vendo que vai ser uma temporada brutal. A difusão desses contos online sobre "coisas assustadoras na floresta" e "você não vai acreditar o que descobri nesse diário que encontrei enquanto fazia uma caminhada nas montanhas" só tem crescido. Quando vejo os comentários nesses sites ridículos que estão impregnadas com essas histórias, eu vejo adultos, ADULTOS, falando o quão aterrorizados estão para ir até em seus jardins, pois estão com medo de encontrar um cara magrelo em um terno ou um monstro que irá possuí-los ou algo do tipo.

Garanto que os autores desses lixos não pensaram nem uma vez como sua imprudência destruiria pequenos negócios. Antes de minha esposa morrer, eu olhava pela varanda dos fundos e via famílias fazendo caminhadas nos bosques, crianças pulando de pedra em pedra nos riachos, e pais ensinando seus filhos e filhas como fazer uma fogueira segura usando pedras e gravetos. Agora só vejo bosques parados no tempo e uma economia devastada. Esses bebês chorões conseguiram com sucesso assustar a si mesmos para longe da natureza e ferrar com a subsistência de pessoas reais no processo.

Felizmente, de vez em quanto, vejo famílias passando pela minha casa e fazendo as coisas que todo mundo fazia antes que essa palhaçada de "estou com medo" começasse. Outro dia, pela primeira em três anos, um jovem casal enfrentou a neve derretendo misturada a lama e montou uma barraca nos arredores da minha propriedade. Você sabe o quão feliz fique de finalmente ver pessoas que não estavam com medo de fantasmas ou de florestas assombradas?

Eu devo ter ficado na barraca até o sol sair, aproveitando aquela carne quente e jovem. A mulher morreu instantaneamente, mas o marido ou namorado, sei lá, ficou vivo por horas. O único beneficio de ter poucos turistas ultimamente é que nenhuma alma viva ouviu ele gritando enquanto me assistia comendo os pedaços mais suculentos de sua parceira antes que eu acabasse meu apetite com ele. Outro bônus: Eles estavam em uma barraca! Só precisei enrolá-los e arrastá-los para dentro de casa. Sem barulho, sem confusão.


Depois de toda minha reclamação, tenho que admitir que, encontrar duas pessoas que eram corajosas o suficiente para ir em uma floresta, me faz me sentir melhor. Mostrou que eles não seguiam modinhas e faziam suas próprias coisas, assim como nos velhos tempos. Não compensa os salários perdidos e a economia devastada, mas já me sinto melhor. Pelo menos agora terei carne o suficiente para toda primavera, o que me ajudará aquecer esse meu coração cínico.


FONTE