quarta-feira, 10 de julho de 2013

Íncubus e Succubus

A mente vitoriana podia ser confrontada com a subliminar sensualidade dos vampiros através da ficção do Dracula, mas, nos tempos antigos, existiam dois demônios que não eram tão sutis quanto ao propósito de suas visitas noturnas. Esses "demônios românticos" eram os íncubus e as succubus.

Pesadelos, sobre a ótica clássica da análise Freudiana, eram relacionados com ansiedade ou repressão sexual. Mas na Idade média, visões de demônios da noite que visitavam a cama de alguém eram inquestionáveis de que se tratavam do trabalho do íncubus (masculino) e da succubus (feminino). Os íncubus/succubus eram demônios que atacavam as pessoas durante o sono. Na noite a criatura paralisava a vítima e então começava relações sexuais com ela, contra a vontade da vítima. A lenda do vampiro não é muito diferente dos contos de íncubus/succubus, salvo a diferença que os vampiros bebem o sangue, ao invés de não manterem relações sexuais com suas vítimas.

Alguns diziam que uma succubus era essencialmente uma linda, porém demoníaca, metamorfa que assumia a forma feminina que mais agradasse a vítima masculina, na ânsia de reproduzir com ele pequenos demônios. Outros diziam que uma succubus se transformava num íncubus quando transava com um homem, e voltava a ser succubus quando transava com mulheres.

Os íncubus/succubus eram usualmente associados com a bruxaria. Um livro de 1584 chamado Descobertas da Bruxaria, de Reginald Scot falava do fenômeno íncubus/succubus e declarava ter visto um íncubus na cama de uma mulher. Por vezes, em outros casos, ele atribuía o demônio à imaginação. Mas basicamente alguém poderia, relutantemente, concordar em declarar que tinha tido relações sexuais com um íncubus/succubus, forçado por bruxaria. Mas assumir que tinha transado com o diabo ou com demônios era uma evidência de ser uma bruxa. E eles matavam bruxas.

É interessante notar que as pessoas acreditavam que existiam diferentes "classes" de demônios, alguns mais exaltados que os outros.