domingo, 4 de novembro de 2012

Mitos Urbanos:A casa Assombrada



Olá seres obscuros,como estão?
Quem nunca ouviu uma história bizarra contada por um amigo ou parente?

Agora vou contar a vocês,uma história que uma antiga amiga minha me contou,ela disse isso havia acontecido com ela e uma amiga,e disse que ficou muito assustada com isto.
Então lhes contarei a história.


Ela estava uma festa na casa da amiga.Só as duas.Estavam vendo um filme de terror no quarto dela,quando ouviram passos.Elas desligaram a TV,e se esconderam debaixo do cobertor.

Os passos havia parado então elas saíram debaixo do cobertor.


No quarto,havia uma lousinha,com um giz ao lado.


Elas voltaram a assistir o filme.


De repente ouviram um barulho.


Parecia um barulho de giz escrevendo em lousa.


Elas olharam para lousa,pra se deparar com uma coisa realmente estranha.


O giz estava escrevendo sozinho na lousa.


Ele escrevia coisas horríveis como:

VOCÊS NÃO VÃO ESCAPAR!!
SEUS DESTINOS ESTÃO SELADOS!!!
VOCÊS VÃO MORRER AQUI HAHAHAHA

A coisa começou a arranhar a parede,juntamente a lousa também.

A menina que me contou diz que saiu correndo da casa,nunca mais voltou e nem sequer passou perto da casa.

No dia seguinte,perguntei a alguns conhecidos se a pessoa da casa(da história)ainda morava lá.

Mas para a minha surpresa,me disseram que ela havia morrido,misteriosamente.

Ela havia desaparecido,mas depois a encontraram num matagal nas redondezas.Ela estava toda arranhada.
Seu rosto totalmente estava desfigurado.
Depois daquilo,o pai da da garota se divorciou da esposa,e se mudou para outra cidade.
Já a mãe se suicidou na casa,cortando seu pescoço.
Desde então ninguém ousa entrar na casa,ou passar perto dela a noite.

(na casa que mencionei,antes dessa familia morar,morava outra.O pai havia matado a filha e logo após a esposa,e depois se suicidou)

Minha criação:A voz


No meio da noite,acordei com uma enorme sede.Então fui andando em direção a cozinha.Ela só estava “iluminada” pela luz do luar.
Eu vi o que parecia ser uma sombra de uma pessoa,mas deixei isso de lado.Tomei um copo d’água e voltei pra cama.  
Senti uma coisa estranha...
era como se tivesse alguém me observando.
Foi quando eu ouvi uma voz rouca  e baixa.
Parecia de uma jovem,e dizia:

-Você não está imaginando coisas.Você viu aquilo,você está ouvindo minha voz agora.Não adianta esconder,você está com medo eu consigo sentir ele exalando de seu corpo.

Ela estava certa,eu estava com medo.Era inevitável ter medo.
Então abri meus olhos,aos poucos.Para ver um humano na minha frente.
Ela era um humano normal,porém,seus olhos...
Bem...como posso dizer...
eram... estranhos.
Eram orbitas vermelhas.

Aparentemente,era uma jovem.Deveria ser uns anos mais nova que eu.
Ela vestia um longo,velho e esfarrapado vestido branco,e tinha longos cabelos negros e pele incrivelmente branca.
Ela estava em minha frente,olhando diretamente e fixamente para mim.
Eu estava paralisado.
Aquilo  era... REAL??
Ou estava sonhando??
Ela se arrastou lentamente até chegar centímetros de meu rosto.
Ela ficou de joelhos e levou suas mãos até meu rosto.
Elas tinha enormes unhas,e suas mãos eram incrivelmente frias.
Eu não conseguia dizer uma única palavra.Apenas olhar para aquela “coisa”.
Ela passava suas mãos em meu rosto suavemente.Enquanto eu a olhava fixamente e ela também me olhava.
Depois que o que pareceu uma eternidade,ela disse uma frase,uma simples frase,mas que me gelou inteiro:

-Sabe?Você não precisa ter medo.Pois de agora em diante sempre virei aqui,pra te ver dormir.Até o dia em que você ficar igual a mim.

Ela sorriu depois de dizer a frase.
E vi.
Dentro de sua boca...
Seus dentes...
Eles eram afiados,como as presas de um cão.E estavam com um tom vermelho.Como se estivesse cheio de sangue .

Sua língua era comprida,e estava vermelha como seus dentes.

Dei um enorme grito,mas ela tapou minha boca suas mãos.

-Por que você tem medo de mim?Me responda!!!

Eu não disse nada.Então ele desceu de minha cama e sumiu na escuridão.


Sei que não é mais seguro morar nesta casa,e ao menos dormir aqui,então me mudei para uma nova casa.
Aqui é bem melhor que antiga.
Tanto no aspecto que a vizinhança é mais segura,quanto os vizinhos.Eles são ótimos.
Acho que ela não pode me encontrar aqui.Estou salvo aqui.
Bem acho que vou dormir.


Acordo de novo no meio da noite,com barulhos estranhos.
Parecia que alguem estava arranhando alguma coisa.

Penso:
-Deve ser um gato ou um cão,que entrou no quintal,ou coisa do tipo.

Então,tento voltar a dormir.

De repente ouço a voz,aquela voz,daquela “casa”,daquela “coisa”.
-Pensou que estaria seguro aqui?Foi um erro seu pensar nisso.

NOTA:Ouvimos um chamado de vizinhos perto da casa.Ouviram-se gritos vindo da casa ao lado.Chegamos ao local e só encontramos uma cama ensanguentada com um bilhete em cima do travesseiro.
Nele dizia,escrito em sangue:

-É INEVITÁVEL,NÃO SENTIR MEDO,E NÃO GRITAR AO ME VER.MAS ISSO PODE LHE CUSTAR A VIDA.GUARDE ESSA FRASE EM SUA MENTE,E NUNCA SE ESQUEÇA,QUE A NOITE IREI VIR AÍ TE DAR UMA VISITA.

Siga em frente


Eu fui depositado nesse mundo com uma brusquidão normalmente reservado para os recém-nascidos, e assim como eles, minha primeira visão do mundo foi o suficiente para me causar choros profundos. Tentei recuar, na esperança de voltar para o nada de que eu tinha vindo, mas encontrei-me congelado, meu corpo não era mais meu; eu só era capaz de olhar com horror para o mundo em que agora me encontrava.

Tijolos e blocos rachados formavam uma estrada sem fim diante de mim, enquanto uma massa muito escura e vazia se encontrava as minhas costas, o lugar de onde eu tinha vindo. Pedras e blocos de madeira flutuavam aqui e ali, como se estivessem congelados após serem arrancados do chão por algum tipo de explosão. Tubos enormes complementavam esta estreita e vazia estrada, e havia vários buracos ao longo do caminho, revelando algumas quedas obscuras aparentemente sem fim.

Porém, não foi esta paisagem sobrenatural que me encheu de horror. Enquanto ela rangia e cansava as forças de minha consciência... Os objetos sutis e observadores faziam com que meu corpo sem controle congelasse de medo. Em todos os lugares, rostos semi-percebidos riam-se de mim; os tijolos, o chão, as nuvens. Vários olhos, sem vida, mas brilhando com uma maliciosa e predatória cautela, pareciam me observar, aparentemente se camuflando quando aproximados por mim.

Conformado com a escuridão constante atrás de mim, eu forçava meus membros a irem pra frente, cada tentativa com um mínimo resultado. Mantive meus olhos fixos à minha frente, vendo apenas o próximo passo, a próxima pedra, nunca olhando para as ilhas de tijolo, flutuando acima de mim, nem para os rostos zombeteiros rindo de minha situação.

Apenas alguns passos a frente de minha jornada, eu congelei, quase recuando pra trás e batendo na parede invisível, ao invés de dar outro passo. Onde antes não havia nada, exceto pela estrada em ruínas, havia agora um outro viajante... Ele cambaleava em minha direção, arrastando-se sob seu próprio peso podre, e minúsculas botas pretas arrastavam-no lentamente ao longo da estrada. Dois olhos vazios e nervosos boiavam em sua massa inchada corporal, fixados em mim com o foco cego de uma mente estranha demais para minha compreensão.

Eu fiquei lá, congelado e sem entender enquanto ele lentamente caminhava em minha direção, seu corpo chiado pouco maior do que o de uma criança. Seus olhos brilhantes estavam fixos em mim, e suas pequenas botas se aproximavam lentamente. Eu não podia me mover. Recuar resultaria apenas na minha eventual captura pelo monstro, mas avançar significaria atravessá-lo, e só o pensamento de tocar naquela... coisa...

A decisão foi tomada por mim, por que a coisa já estava muito próxima, e eu estava preparado para esta ação. Ao horror ou raiva, eu pulei pra frente, gritando sem sentido, e atingi aquele corpo inchado. Eu chutei e pisei nele, esmagando a carne flácida e muito macia debaixo de meus pés, soluçando em horror enquanto sentia sua carne me tocar, e em seguida derreter, apodrecendo ao nada em questão de segundos, mas deixando uma memória tão imunda em minha mente que eu sabia que sentiria todo o peso mais tarde, encharcado contra mim muito tempo depois do doce frio do além.

Depois disso, eu corri. Eu corri e amaldiçoei qualquer destino que havia me trazido até aqui e apagado minha memória, minha vida, e deixado apenas uma estrada: a estrada eterna. Eu teria chorado, teria me amarrado e me jogado em um desses buracos sem fim que havia espalhados por partes da estrada, mas fui obrigado a continuar... Minhas pernas continuavam em um ritmo espasmódico que me impulsionou sobre os tijolos em ruínas e saltando sobre os buracos, apesar de eu querer secretamente cair em suas profundezas e acabar com a estrada, com os rostos, comigo.

Enquanto eu corria e pulava, cheguei a um desses grossos e retorcidos tubos que pontilhavam a paisagem claustrofóbica. Pensei em dar uma olhada por um momento, a curiosidade lutando para superar meu desejo quase maníaco de me livrar deste lugar, mas ao ouvir alguns barulhos estranhos e borbulhantes, juntamente com um profundo pulso baixo vindo do interior desses tubos gigantes, decidi deixar minha curiosidade de lado, e então passei reto do tubo. Assim que sai de lá, senti uma corrente repentina de ar atrás de mim, seguido de um estalo estranhamente abafado, como se barras de ferro envolvidas em algodão tivessem sido colocadas atrás de mim. Eu não me virei, apenas usando isso para galvanizar ainda mais minha caminhada sem fim, ignorando tudo enquanto desaparecia atrás de mim.

Muito à frente, avistei uma escada longa e brilhante, levando a um caminho acima de mim, e além dela o que parecia ser uma pequena casa feita dos próprios tijolos em ruínas, assim como a estrada. Enquanto temia o que poderia estar lá dentro, a idéia de outra pessoa, outra pessoa com a qual eu poderia compartilhar este lugar horrível, me encheu com um grande raio de esperança. Então corri desesperadamente, os olhos fixos na tal escada, e disparei a toda velocidade por cima do buraco. Foi na metade do caminho entre o abismo e a escada que eu vi a coisa me esperando do outro lado.

Era uma paródia retorcida de algum tipo de réptil. Sua face alongada enchia-se com um tom de ameaça, e sua boca bocejava em antecipação do meu chegar ao outro lado, suas bordas irregulares afiadas brilhando como quem estivesse pronto pra atacar. Seu corpo estava equilibrado sobre duas minúsculas e disformes pernas, e ele tinha uma concha de carne dura e quebradiça, que envolvia todo seu tronco bulboso. Dois membros atrofiados se esticaram através de sua concha, revestido em crescimentos fibrosos, e ele lentamente se aproximava de mim.

Eu gritei desesperado, tentando em vão voltar para a borda mais distante, mas já era tarde demais, e meus esforços foram suficientes para fazer com que eu perdesse meu equilíbrio, batendo na parede ao lado do buraco, a coisa acima de mim gritando em frustração enquanto eu caia. Caindo, e caindo, girando em direção a escuridão sem fim, senti a escuridão consumir todo meu corpo. No entanto, segundos antes do vazio poder me fornecer seu consolo final, de repente eu me lembrei...

Estradas intermináveis​​, lagos de fogo, túmulos em ruínas cheias de ossos podres de animais, formas nebulosas de luzes brilhantes seguindo em direção a escuridão, redes flutuantes de madeira antiga que vagueavam em um céu quente, tudo voltou para mim em um rápido momento: a lembrança de onde eu estava, o que eu havia feito, e sabendo que aquilo iria continuar.

Eu não sei por quanto tempo já fiz isso, nem o que fiz para merecer isso.

Só que devo caminhar nesta estrada.

Para sempre.

O ônibus


 Eu nunca me senti completa. Nunca estive satisfeita. Mas também nunca me interessei em fazer algo para mudar. Quando Robert, meu esposo não estava comigo, o que cuidava da minha ansiedade era passear com Billy. E ainda evitava que ele fizesse suas necessidades pela casa obviamente.
Eu fazia esse passeio pelas redondezas toda madrugada. Pelo menos até aquele dia. Eram 1 e 45 da manha, um babaca freou bem em cima de nós, por pouco não nos acertou. Apesar do susto o que mexeu comigo não foi isso, e sim aquele ônibus verde que apareceu. Lotado de passageiros, o motorista com cabelo milimetricamente penteado, com um sorriso que parecia sugar toda minha coragem. Ele estacionou, abriu a porta da frente e desceu.

- Está na hora de vir conosco Clarisse.
Ele disse com um tom acolhedor e ao mesmo tempo frio. Eu não entendia como ele sabia meu nome, nem porque passara por ali, já que havia nenhuma linha de ônibus nessa rua. Entre o medo, a desconfiança e a curiosidade, tudo que pude responder foi:
- Não, obrigado.
Virei-me e voltei para casa. Meu marido já havia chegado.
- Onde você estava amor?
- Fui passear com o cachorro.
- A essa hora de novo amor? Amor? Ei!
- Desculpe.
- O que foi?
- Robert, qual linha de ônibus passa na rua aqui em frente a nossa casa?
- Nenhuma amor. Faz quatro anos que moramos aqui e nunca passou sequer um ônibus, e caso alguma linha fosse criada aqui, acho que saberíamos. Por quê?
- Um ônibus parou pra mim hoje. E o motorista sabia o meu nome.
- O que? Como assim?
- Eu também não sei.
- Olha amor, você anda muito estressada com os preparativos do nosso casamento, ainda decidiu parar com seu remédio para ansiedade.
- Você está dizendo que eu sou louca? Eu não vi coisa. Era um ônibus, um ônibus de verdade.
- Não estou dizendo que não era amor. Apenas durma um pouco, descanse. Amanha vai perceber que pode ter sido algo da sua cabeça.
Fui-me deitar furiosa, mas sem admitir que o que ele disse fazia mais sentido. E realmente, acordei no dia seguinte mais leve e feliz por saber que finalmente seria o dia de escolher o vestido.
O olhar das moças do ateliê eram os juízes da minha escolha. Se eu escolhesse um que fizesse os olhos de todas elas brilharem, esse era o certo.
- O que é isso no seu nariz Clarisse?
Uma senhora me questionou com espanto.
- O que?
Minha calma e leveza foram embora quando levei as mãos ao rosto e percebi que o sangue escorria pelo meu nariz. Senti-me sufocada. Precisava de ar e por isso corri para fora da loja. Lá fora estava ele me esperando. Aquele mesmo ônibus. Os mesmos passageiros. E o mesmo motorista parado na porta com seu sorriso.
- Eu não posso esperar mais Clarisse. É hora de vir conosco.
- Não! Você não vai me levar!

   Naquele momento tudo fez sentido. Talvez aquele carro... Aquele carro não "quase" me acertou. Aquele carro me atropelou. É isso. Estou morta, não me resta nada a não ser me entregar. Mas agora não, agora eu tenho tudo. Vou me casar. Não posso abandonar tudo isso. E não vou! Voltei para dentro da loja.
- Moça, chame a policia, por favor!
- O que houve minha jovem?
- Aquele homem está me perseguindo!
- Quem?
- Aquele dentro do onib...
Era até óbvio. O ônibus não estava mais lá.
- Menina, sente-se. O que aconteceu? Seu nariz está sangrando.
Aquela gentil senhora limpava meu rosto e eu sequer podia sentir suas mãos. A imagem do ônibus, aquele sorriso macabro, nada daquilo deixava minha mente a sós por sequer um segundo. Acho melhor ir pra casa. Um banho deve esfriar minha cabeça.
A água fria pelo meu corpo me dava uma falsa sensação de alívio. Saí do banho e fui me secar. Meu cachorro me olhava quase implorando para passear.
- Desculpe Billy, você sabe quem está lá fora esperando por mim.
Será que esse seria o meu destino? Presa dentro de casa, com medo de um ônibus que sequer existe. Presa na dúvida. A vida é minha e ninguém pode me tomar. Pela primeira vez eu não senti medo. Eu estava pronta pra enfrentar tudo aquilo. Eu não podia fugir mais. O medo deu lugar à confiança. Aprontei Billy, pus um casaco e saí. Já era tarde mesmo, quase duas da manha. Depois de uma pequena caminhada, lá estava ele me esperando. Vi o ônibus fazer uma curva e vir até a mim. Ele estacionou e como sempre, o motorista desceu.
- Clarisse, não seja egoísta, você não é a única aqui. Você tem que vir conosco.
- Não, eu não vou!
- Você tem certeza?
- Tenho!

Eu gritava tão determinada que não percebi que Billy escapava das minhas mãos e entrava no ônibus.
- Não Billy, vem cá! Devolva meu cachorro!
- Não posso Clarisse, foi ele quem escolheu.
Eu não sabia se devia continuar e deixa-lo, eu o amava demais. Mas manti minha posição.
- Eu não vou! Essa é a minha vida eu escolho!
- Não Clarisse... Essa não é a sua vida. É a vida que você poderia ter tido...
O homem voltou para seu banco, fechou a porta e foi embora. Acho que agora sim, está tudo resolvido. Nunca mais verei aquele maldito ônibus. Sinto-me mais leve, porém de um jeito estranho. Toda aquela preocupação e ansiedade se foram, agora eu só vejo uma luz. Uma luz intensa. Finalmente eu acho que terei paz.

-

- Minha nossa, que horrível!
- Eu a conheço, ela se chama Clarisse, é minha vizinha.
- Esperem! O cachorro está vivo, isso só pode ser um milagre

FONTE:Estranho Universo