Creepypasta Dark

A BONECA DA MORTE

Era uma noite triste e sombria para a família Josh. Um membro muito querido e amado por todos havia falecido recentemente, todos estavam lá no centro da sala de sua mansão, trajando preto e lagrimas em seus olhos.

Eu não fazia parte da família, estava lá como empregado da família, servindo e consolando cada um dos membros que possuía tristeza em suas almas.

Mas quando eu subi para o segundo andar, para aliviar a tensão do velório sobre meus ombros e também para fumar um cigarro, eu ouvia vozes vindo do banheiro, local aonde o senhor Josh foi encontrado morto.

Ela não diziam nada além de tristeza e melancolia. Mas quando girei a maçaneta da porta e adentrei o cômodo, não avistei nada além de uma boneca de porcelana acima da pia.

Era algo assustador, o barulho da tempestade junto com aquelas vozes na minha cabeça, pensei que estava ficando louco, sentado no vaso olhando para a banheira, acendi meu cigarro e ali fiquei pensando na morte após a vida.

Pensei se havia jeito de escapar do chamado de Deus ou da maldade do Diabo, era muito jovem para morrer, mas fumando como eu estava, não duraria muito. Mas aquela boneca acima da pia me encarava como algo que nunca havia me encarado em toda a vida.

Seus panos negros e sua porcelana clara como a neve, soava como algo sombrio naquela tarde, como todas aquelas lagrimas no andar de baixo, pensei que estava olhando diretamente nos olhos da morte através daquela boneca. Mas era algo da minha cabeça, pensei saindo daquele banheiro.

Então caminhando para a porta do quarto do senhor Josh, ouvi mais daquelas vozes de tristeza me chamando, mas dessa vez soava como algo maligno e tentador.

Então girando a maçaneta daquela porta e entrando no quarto, avistei a mesma boneca da pia do banheiro em cima da cama.

Naquela vez a boneca chorava, mas não eram lágrimas qualquer, eram lágrimas de sangue. Era tão intensa e bela aquelas cores vermelhas escorrendo como vida naqueles olhos sombrios.

Ao lado da boneca estava ah esposa do senhor Josh, ela dormia tão calmamente, preocupado me aproximei, ao tocar-la senti que sua pele estava fria e seus olhos vazios.

Era outra morte que aconteceu no mesmo funeral, era um ciclo sem fim, um dia após o outro uma pessoa morria naquele funeral, pensei que fumando podia diminuir meus dias naquela casa. Mas nada atraia a morte para mim.

Era meu castigo, passar a eternidade naquele funeral servindo as pessoas para depois vê-las morrer ao lado da boneca da morte. Aquela casa era dela, o velório era para agradar-la, minha vida é dela agora, e nada poderá mudar isso, a não ser minha morte.......