sábado, 20 de setembro de 2014

O Elfo da Lua Vermelha



O Elfo da Lua Vermelha

Em alguma floresta européia, podia se ouvir cantorias e orações proibidas. Orações antigas, dos deuses que jamais retornaram como eram antes; no meio de alguma floresta, eu podia ver um druida, uma espécie de padre celta.
Com o decorrer da cantoria proibida, eu podia ver várias pessoas vestidas de monges; elas mexiam para um lado e para o outro, como se estivesse em um longo transe espiritual.
Enquanto eu, permanecia escondido atrás de uma arvores qualquer, temendo ser encontrado por esses homens estranhos. Eu podia sentir o ar ficar cada vez mais frio, nuvens surgindo como se fosse surgir uma grande tempestade.
Uma lua vermelha, sim, eu podia ver uma grande lua vermelha brilhando como sangue de virgem no alto dos céus; o druida esticava seus braços para a lua como se fosse em direção ao um grande abraço fraternal.
Eu podia dizer que seu deus estava retornando; mas qual era seu deus?
O druida se acendia a abaixo de uma grande estatua de pedra, o que parecia ser um homem com orelhas pontudas; um Elfo?

Seus olhos se assemelhavam ao terror da guerra, seus dentes eram afiados como mil espadas de assassinos, suas mãos, possuía garras como de um leão em fúria.
Seja o que for aquele deus, nada de bom ele trará de seu mundo! A cantoria ficava cada vez mais alta, podia se ouvir de longe as lamentações dos monges negros, mas ninguém estava para ouvir; tudo estava distante, as cidades, as pessoas, tudo estava longe de mim naquele momento!
O que era para ser apenas um passeio a dois com minha namorada, sé tornou um terror, um terror que jamais sonhei em viver; eu podia ver minha namorada sendo oferecida como sacrifício em seu altar profano.
Eles tiraram toda sua roupa, a feriram como se fere um animal louco; o que eu podia fazer? Eu era um contra cem. Estava tudo perdido, um deus iria nascer nesta floresta.
O druida se aproximou com sua adaga negra diante da garganta da minha namorada, com um singelo golpe, ela foi oferecida como sacrifício para o deus pavoroso.
Seu corpo foi cremado bem diante dos meus olhos! Eu pensei em correr, mas para onde? Eu pensei em gritar, mas para quem? Enquanto eu pensava o que fazer. Eu testemunhei uma coisa que jamais esquecerei.
Com um brilho forte trazido pela lua, á estatua havia criado vida, se erguido como um rei disposto a conquistar seu reino. Como se tudo aquilo não bastasse, á estatua havia tomado a forma da minha namorada.
Após profanar o corpo de minha amada, tocando em suas cinzas, o deus-elfo, abraçou o druida como sua amante e o beijou em retribuição de seus sacrifícios e lealdades.
A lua havia partido para longe, as nuvens se abrindo para o brilho das estrelas, cada monge ali presente, retornava para sua vida normal, enquanto o druida e o deus-elfo. Desaparecia em volto de uma nuvem vermelha.
Ali fique, durante toda noite, ate que o primeiro raio de sol brilhasse sobre minha pele, assim estando seguro para correr em direção a ajuda próxima, mas temendo os pesadelos que a noite passada iria me oferecer por toda a minha vida.

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