terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Febre
Essa pode não ser uma das melhores apresentações, mas nunca fui bom em escrever e não sei quanto tempo eu tenho. Vou contar a vocês o que aconteceu comigo há alguns dias, na verdade não sei se foram alguns dias ou meses, aqui é difícil de contar o tempo.
Eu estava em minha casa, nesse dia tudo parecia mais quente e abafado, mas isso era só comigo, meus pais diziam que era só uma reação corporal e que eu provavelmente estava com gripe.
Ficou de noite e todos nós fomos se deitar, minha mãe me havia dado um remédio e disse que de manha eu estaria melhor.
Eu tentei dormir, juro que tentei, mas me sentia com febre e a dor se espalhava pelo meu corpo inteiro.
Então eu comecei a ouvir latidos, latidos que eram roucos de mais para se parecer com o de qualquer outro animal, mas deduzi que eram latidos.
Eles começaram a ficar mais e mais altos, e o calor aumentou no meu peito como uma queimadura.
A partir desse momento eu gritava por meus pais na esperança de que não era só eu que ouvia os latidos, eles ficaram tão altos que eu nem ouvia minha voz.
Então eles pararam.
Eu acho que dormi, quando acordei a porta do meu quarto estava aberta, tinha alguma coisa do outro lado do quarto, tentei acender a luz, mas alguns segundos depois a lâmpada estourou dando-me um relance do que estava no meu quarto.
Não pude acreditar no que vi, parecia um cachorro, mas as presas eram tão grandes que mutilavam sua boca e os olhos tinham um brilho que provavelmente iluminaria todo o quarto, mas continuamos na escuridão.
A criatura continuou me observando por mais algumas horas, e o calor no meu peito só aumentava, eu tive a sensação de que bolhas estavam se formando no meu peito.
Então a criatura pulou e rasgou meu lençol e minha camisa num só golpe, mesmo depois de ter passado por tudo isso eu ainda sinto arrepios ao lembrar do que eu vi, no meu peito tinha uma grande queimadura que se estendia de minha barriga até meu pescoço.
A criatura rasgou meu peito e eu só recobrei a consciência aqui, nesse lugar escuro. Meu peito estava curado, como se nada tivesse acontecido.
Tateei a superfície por alguns minutos até encontrar um lápis, papel e uma lanterna.
O lugar se parecia com um quarto, o meu quarto, a única diferença era que não encontrei nenhum interruptor ou alguma fonte de luz, só a lanterna. Também não haviam saídas.
Agora estou aqui, nesse lugar assustador. De vez em quando eu ouso uma voz, ela diz o porquê de eu estar aqui, mas eu nunca consigo entender por causa dos estalos do fogo do lado de fora.

Acho que sei aonde estou...

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