Hoje trago uma postagem especialmente pra mim e os outros pastadores do blog.
Não que eu esteja reclamando, mas não é sempre que eu consigo postar as coisas em dia, e isso me deixa profundamente triste (até me cortei aqui).
Então, oque eu proponho é algo como uma tabela de postagens, onde cada um terá o compromisso de postar em certos períodos de tempo, isso junto com o comprometimento de cumprir os horários.
Pra gente discutir isso melhor vou passar meu facebook/skype pra vocês.
facebook: João Pedro Modesto Angelico
skype : Modesto
E pra essa postagem não ser um total desperdício para os nosso queridos leitores, logo abaixo segue uma creepypasta.
Os ventos sussurram um segredo
Sentei-me na minha varanda, me preparando para fumar o último cigarro da noite. Já era tarde e os meus próprios ossos já estavam cansados. Enquanto o cigarro aos poucos se apagava, um barulho me chamou a atenção. Era tão fraco que eu imediatamente o considerei como apenas o barulho do vento e segui para a cama, já com o ruído fora da minha mente.
Na manhã seguinte voltei para a varanda para mais cigarros e café. Eu vi o mundo acordar comigo, os carros passando através do cruzamento como formigas, os pássaros fazendo suas balbúrdias sem fim e as sombras crescendo constantemente. Assim que eu assistia esse cenário do amanhecer, eu ouvi o barulho de novo. Por um momento, eu pensei que era o vento, pois eu podia ver algumas folhas de palmeira atravessando a estrada. Apertando os olhos e olhando para nada em particular, eu inclinei minha cabeça para tentar ouvir melhor. Não era apenas um vento, era uma voz.
Eu tentei ignorar de novo, e também tentei continuar normalmente o meu dia, retornando para a varanda de vez em quando para fumar outro cigarro. Mas eu sempre me encontrava apertando os olhos e inclinando a cabeça, e o mundo em volta de mim era esquecido em favor deste vento sussurrante. Eu não conseguia entender o que ele estava dizendo. Era como o som da televisão em uma sala no fundo de um corredor, sufocado por três ou quatro muros. Não importa o quanto de barulho soprasse em torno dos meus ouvidos, ele ainda era inaudível para mim.
Eu peguei outra xícara de café, juntamente com o meu almoço e um cigarro para fumar e me sentei nessa maldita varanda. Eu me sentia estranho. Eu me senti quase como se não fosse eu fazendo aquilo, como se eu fosse um ator em um roteiro da minha vida. Eu sabia instintivamente minhas falas e cada movimento que eu tinha de fazer. Então eu comecei a temer a voz do vento.
Jantar. Eu ainda estava sentado na varanda enquanto eu comia. Eu não queria comer, mas sabia que eu deveria. Eu não tinha certeza de que eu realmente queria comer, mas eu ainda estava comendo por necessidade. Acendi meu cigarro e escutei atentamente. Eu queria ouvir o que dizia essa voz. Devo ouvir esta voz. Durante uma hora, ainda sentado, permitindo que o cigarro até mesmo queimasse meus dedos. Eu não me mexia nem mesmo quando senti minha carne queimando. Eu queria ouvir essa voz. Eu queria ouvir essa voz e o seu segredo.
Eu balancei a minha cabeça. Eu não sabia quanto tempo eu tinha dormido, mas o céu estava escuro e as luzes da rua estavam acesas. Quando eu acordei, tive uma idéia. Eu pretendia continuar dormindo. Eu deixaria isso em aberto. O torcicolo no meu pescoço me incomodava apenas pouco enquanto eu esperava o vento me dizer o que eu desesperadamente queria saber. Do canto do meu olho eu vi a lua crescente no alto do céu, quando eu finalmente escutei a voz novamente. Estava muito claro. Não mais de três ou quatro quartos de distância do outro lado da parede.
Eu podia ouvir, eu podia ouvir as palavras!
Minha comemoração interna foi interrompida, no entanto, quando finalmente ouvi o segredo que o vento estava escondendo de mim.
"Os anti-psicóticos parecem estar funcionando, doutor."
Na manhã seguinte voltei para a varanda para mais cigarros e café. Eu vi o mundo acordar comigo, os carros passando através do cruzamento como formigas, os pássaros fazendo suas balbúrdias sem fim e as sombras crescendo constantemente. Assim que eu assistia esse cenário do amanhecer, eu ouvi o barulho de novo. Por um momento, eu pensei que era o vento, pois eu podia ver algumas folhas de palmeira atravessando a estrada. Apertando os olhos e olhando para nada em particular, eu inclinei minha cabeça para tentar ouvir melhor. Não era apenas um vento, era uma voz.
Eu tentei ignorar de novo, e também tentei continuar normalmente o meu dia, retornando para a varanda de vez em quando para fumar outro cigarro. Mas eu sempre me encontrava apertando os olhos e inclinando a cabeça, e o mundo em volta de mim era esquecido em favor deste vento sussurrante. Eu não conseguia entender o que ele estava dizendo. Era como o som da televisão em uma sala no fundo de um corredor, sufocado por três ou quatro muros. Não importa o quanto de barulho soprasse em torno dos meus ouvidos, ele ainda era inaudível para mim.
Eu peguei outra xícara de café, juntamente com o meu almoço e um cigarro para fumar e me sentei nessa maldita varanda. Eu me sentia estranho. Eu me senti quase como se não fosse eu fazendo aquilo, como se eu fosse um ator em um roteiro da minha vida. Eu sabia instintivamente minhas falas e cada movimento que eu tinha de fazer. Então eu comecei a temer a voz do vento.
Jantar. Eu ainda estava sentado na varanda enquanto eu comia. Eu não queria comer, mas sabia que eu deveria. Eu não tinha certeza de que eu realmente queria comer, mas eu ainda estava comendo por necessidade. Acendi meu cigarro e escutei atentamente. Eu queria ouvir o que dizia essa voz. Devo ouvir esta voz. Durante uma hora, ainda sentado, permitindo que o cigarro até mesmo queimasse meus dedos. Eu não me mexia nem mesmo quando senti minha carne queimando. Eu queria ouvir essa voz. Eu queria ouvir essa voz e o seu segredo.
Eu balancei a minha cabeça. Eu não sabia quanto tempo eu tinha dormido, mas o céu estava escuro e as luzes da rua estavam acesas. Quando eu acordei, tive uma idéia. Eu pretendia continuar dormindo. Eu deixaria isso em aberto. O torcicolo no meu pescoço me incomodava apenas pouco enquanto eu esperava o vento me dizer o que eu desesperadamente queria saber. Do canto do meu olho eu vi a lua crescente no alto do céu, quando eu finalmente escutei a voz novamente. Estava muito claro. Não mais de três ou quatro quartos de distância do outro lado da parede.
Eu podia ouvir, eu podia ouvir as palavras!
Minha comemoração interna foi interrompida, no entanto, quando finalmente ouvi o segredo que o vento estava escondendo de mim.
"Os anti-psicóticos parecem estar funcionando, doutor."