domingo, 4 de janeiro de 2015

Acordar

Eu podia escutar o suave som da água pingando à distância, é sussurros seguidos de sons da maquina que me fazia respirar. Eu não abri meus olhos com medo de ver o ceifeiro, mas eu continuava ouvindo o que estava acontecendo ao meu redor. Eu me sentei, abri meus olhos para me encontrar em um quarto de hospital, havia flores e um cartão na mesa ao meu lado. 
Os médicos no corredor estavam falando baixo. Um deve ter me visto, porque todos eles correram para o quarto, se amontoando em volta da minha cama. "O que aconteceu? Você o viu?" Eles perguntavam, enquanto eles faziam essas perguntas para mim, a minha cabeça começa a doer. Alguém aparece atrás da multidão e silenciou todos, abrindo caminho para a frente. Ele era alto, e parecia ter uns 22 anos, ele tinha olheiras sob seus olhos, provavelmente por falta de sono.
"Deixe a pobre menina descansar" Ele disse, colocando uma prancheta na beira da minha cama. "Eu vou explicar", disse. "A polícia encontrou você na mata há cerca de um quilômetro de distância de sua casa. Havia várias perfurações em todo o seu corpo, e você estava tremendo na neve sem casaco. Alguns de nós verificamos você, mas não conseguimos identificar a causa desses feridas." "Você estava em coma por mais de dois anos" O médico explicou, com seus olhos escuros de tristeza. "Durante o coma, temos escrito várias coisas que você disse em seu sono, coisas inexplicáveis", disse, olhando para a prancheta. 
"Seu estado é estável agora, então você está livre para ir para casa no momento que desejar," O médico disse, pegando sua prancheta e depois saiu da sala. Uma enfermeira me entregou minhas roupas, e o resto dos enfermeiros saíram do quarto para que eu pudesse trocar de roupa. Após fazer isso, eu caminhei até a recepção e sai do hospital.
...
Naquela mesma noite, eu me arrastei para a minha cama, puxando os cobertores até o queixo e olhei para janela. Os ramos se sacudiram contra a janela ao vento. Não conseguia esquecer a face do ceifeiro, especialmente os seus olhos vermelhos. Algo sobre eles era familiar. Balancei a cabeça, me virei para o travesseiro, decidindo pensar sobre isso pela manhã. Fechando os olhos, eu ouvi um suave sussurro.
"Durma bem... eu estarei te esperando"



fonte: http://www.crappypasta.com/wake/

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