domingo, 13 de janeiro de 2013
Fanfic:A câmera Obscura
Para variar um pouco,vou postar esta fanfic,indicada por um amigo meu,sobre a câmera obscura(a câmera usada no jogo "Fatal Frame".E a história tem haver com o game ^^).Aqui estarão todos o capítulos da fic(que ao total são 5).
Ótima leitura,e lembrem-se...
CUIDADO.
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INTRODUÇÃO
“Uma câmera que exorciza fantasmas? Que ridículo.”
Essa foi a minha primeira impressão ao achar a “Câmera Obscura” vendendo na internet. Uma suposta câmera que “exorciza espíritos” tornou-se um sucesso de lendas dentro da internet, em que se pode achá-las em vários blogs.
Dizem que quem a compra, toma outro caminho em seu destino.
Boatos, talvez. Então resolvi comprar a câmera.
Minha colega de trabalho, Mia (que divide o apartamento comigo) disse isso é ridículo, que nada acontece, e que se acontecer, eu estarei brincando com algo que não se deve.
Mas acho que se ela visse o que achei no sótão... Ela mudaria de idéia e aposto que viria comigo.
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CAPITULO 1-Prólogo. Triste Ritual
A bela garota de quimono encostou a estaca no corpo de seu amado. Ele sorria. Uma lágrima caiu do rosto dela. Aquela era uma despedida de dois apaixonados. Mas ela tinha que fazer – era o ritual da família Hirasawa de primavera. Um casal (incesto) era escolhido pelo ano que começaram a namorar. O ritual acontecia de sete em sete anos, mas às vezes era de três em três anos. Era uma regra estranha, mas ela era feita justamente para pegar o casal incestuoso.
Aquele era seu primo. Sua franja caia sobre seus olhos tristes. Ela tremia, e estava desesperada. Suava frio. Não queria matá-lo. Mas se não o matasse, a maldição que aterroriza a família Hirasawa se quebraria. Para acalmá-la, ele disse, para confortá-la.
“Rio. Não se preocupe. Pode ir, com toda a sua força. Pois um dia, você irá também. E assim poderemos ficar juntos por toda eternidade. Eu te amo.”
Ela sorriu. Suas palavras a deixaram mais calma. Ela então pegou o pesado martelo, fincando a estaca no coração daquele homem. Seu primo, seu amante. Seu namorado, seu destino. Um gemido alto de dor escapou do mesmo. Os mais velhos do clã Hirasawa assistiam a cena, orgulhosos pela atitude da menina.
Pena que ela não poderia ir para o mesmo lugar que seu amado...
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CAPITULO 2-A forasteira da Mansão Hirasawa
Notas iniciais do capítulo
Shoji = Porta corrediça com os caixilhos forrados de papel.
Nee-chan = Irmã mais velha
1647 – Período Tokugawa, Japão
“Posso entrar, nee-chan?” perguntou o garoto.
Rio olhou para o shoji, de seu quarto, onde dava para ver, a sombra de seu irmão mais novo. Ela adorava seu irmão mais novo – era a única pessoa da família com quem ela gosta de conversar nos últimos dias.
“Claro, Kyo.” permitiu a irmã mais velha.
Kyo – o irmão mais novo, de sete anos de idade, entrou no quarto da irmã. Fechou oshoji e sentou ao lado de sua irmã, que estava com um estado não muito agradável. Rio estava pálida, como uma boneca de porcelana. Seus olhos, antes castanho-claros, se tornaram profundamente pretos. Sua pele que transmitiam aconchego de tão quente, estava gélida. E seu corpo, mais magro que o normal. Não dormia, e nem comia há dias.
“Nee-chan...” suspirou Kyo, colocando uma bandeja com docinhos ao seu lado. “Por favor, coma um pouquinho. Eu trouxe os doces que você mais gosta. Eu mesmo que preparei! Talvez esteja com um gosto ruim, mas... Eu fiz realmente pensando no bem de minha irmã.”
Rio soltou um sorriso vazio. Sabia que não iria conseguir comer. “Estou sem fome”, disse ela, triste. “Mas eu comerei quando estiver melhor. Eu prometo.”
Depois de algumas horas de conversa, Kyo colocou um pano vermelho sobre a bandeja e retirou-se do quarto da irmã mais velha, a qual cuida tanto, com todo carinho. Kyo lembrava muito seu falecido namorado, que era bondoso assim como Kyo.
*
A noite cai no Japão. Leves passos pela mansão não são possíveis de se escutar. A garota se encosta na parede de um dos quartos da casa, e com a mão direita pega uma adaga fincada em seu sutiã. Ela ouvia a conversa do líder do clã com um monge do mesmo, que estavam dentro do quarto.
“Temos que fazer o possível para que ninguém saiba sobre a maldição.”, disse o líder.
“Foi idéia sua usá-la para diminuir os membros do clã e punir os pecadores.” disse o monge, desconfortado. “Eu avisei que seria uma má idéia inventar rituais para a maldição falsa. Mas você, não quis escutar.”
O líder soltou um suspiro.
“Você sabe, os Hirasawa são curiosos por natureza. Um dia alguém VAI descobrir que a maldição é falsa.” disse o monge.
A garota arregalou os olhos. Então, a tal maldição era falsa. Isso mesmo, falsa. Vários membros foram sacrificados – seu pai em especial. E o principal terror era o ritual da primavera, que impedia as pessoas de se amarem. Pecado? Há. Não há pecado que impeça duas pessoas de se amar.
Todos precisavam saber que a maldição era falsa, senão, mais membros (até os mais importantes) continuaram sendo mortos. Só nessa mansão (há várias outras) já morreram mais de 70 pessoas. Essa matança não poderia continuar.
Então quando os dois se preparavam para sair do quarto, a forasteira, saiu do local, com toda a sua rapidez. E claro, disfarçadamente.
*
Rio finalmente saiu de seu quarto. Foi para o jardim, observar as estrelas. O céu estava cheio delas. Fazia tempo que não saia de seu quarto desde a morte de seu namorado. Rio acreditava que ele se tornara alguma daquelas estrelas. Talvez, a mais brilhante delas.
Mas um barulho atrapalhou o seu momento. Um barulho forte, de algo que caiu que vinha perto de onde Rio estava. Vinha das plantas. Ela foi até lá, e viu uma garota (Um tanto estranha), ajoelhada e com o cabelo todo bagunçado.
“Itai, itai!” gemeu a garota.
Rio se aproximou da garota, estendendo sua mão, para que ajudasse ela a se levantar.
“Obrigada.” Agradeceu a garota, pegando na mão de Rio e levantando. “Foi um descuido meu...”
“Quem é você?” perguntou Rio.
“Não posso dizer meu nome. Mas também não sei se devo confiar em você.” desconfiou ela.
“Pode confiar.” confirmou Rio. “Prometo guardar segredo.”
A garota soltou um suspiro.
“Eu sou uma forasteira. Mas não se preocupe, sou uma Hirasawa também. Na verdade eu estou pesquisando sobre os Rituais e a tal maldição...” a garota encarou bem torto Rio, como se já a conhecesse. Quando a reconheceu, soltou um grito. “AH! Você é Rio-san, a mais recente que participou do ritual da primavera!”
“Sim” o rosto de Rio voltou a ficar entristecido.
“Então se eu contar, você vai ficar realmente brava...” disse a forasteira, tocando seu indicador no lábio e olhando para cima. “Talvez eu deva contar? Bem, se eu consegui confiar em você aponto de contar quem sou, você deve se manter fiel e guardar esse segredo.”
“Que segredo?” perguntou Rio, que era bem curiosa.
“O de que a maldição é falsa. E que você matou seu namorado à toa.”
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CAPITULO 3-1. A Câmera Obscura
2011 – Tokyo, Japão
Olá, meu nome é Aoi Hinasaki. Faz apenas algumas semanas que me mudei para este apartamento (que é enorme) junto com minha amiga – e colega de trabalho, Mia Akamura. A mudança foi muito rápida e nesse momento estamos arrumando algumas coisas que ainda estavam nas caixas.
– Woah! – exclamei, entusiasmado. – Achei meu cd importado do Beatles que eu havia perdido!
– Só você para perder algo importado. – disse Mia, arrumando os DVDs, os colocando na prateleira da televisão.
– É que realmente tinha sumido... – expliquei, fazendo careta para Mia. – O que é isso na sua mão? Uma câmera?
– Sim, meu sonho era ser fotografa. Mas não deu certo, e agora sou uma mangaká e trabalho junto com um cara chato! – irritou Mia.
Soltei um sorriso sem jeito, e quando acabamos tudo, subimos as escadas e fomos cada um para seu quarto.
*
Eu, adoro lendas. Principalmente essas que circulam na internet. E aqui estou eu, às 2:00 da manhã, em um blog de terror. E achei um arquivo um tanto quanto interessante. Ele menciona uma câmera, chamada Câmera Obscura, que aparenta ser bem antiga pela foto. Ela está sendo vendida em vários sites de venda, por um preço bem barato. Se eu pechinchar, quem sabe eu consiga por 5 reais!! Mas enfim.
Parece que as pessoas que compram essa câmera andam sumindo sem motivo. Tem vários depoimentos. E um deles é de um amigo, que diz que o amigo teria sido levado para o outro mundo. Parece ser algo assustador, mas isso só me dá mais curiosidade. Os comentários dizem que isso é completamente fake. Outros falam de casos que já aconteceram com algum conhecido/amigo/familiar por conta dessa câmera.
Eu adoro casos sobrenaturais. E sou muito curioso. E preciso comprar essa câmera.
Meu coração está batendo forte. Mas eu pensei em alguma recomendação antes. Talvez Mia me apóie nessa.
*
– NÃO, NÃO E NÃO!! – gritou Mia, passando manteiga no pão e mordendo-o insanamente. – Você não sabe com o que está mexendo! Não quero um amigo morto, abduzido, ou qualquer coisa assim.
– Mas, Mia... - tentei convencê-la – Pense pelo lado positivo!! Podemos descobrir algo novo, sabe... – corei um pouco - ... Juntos...
Nossos olhos se encontraram. Eu podia ver o rosto de Mia também um pouco corado. Ela se aproximou, dando outra mordida no pão. Quando engoliu, aproximou seu rosto do meu, e quando minha fantasia estava quase realizada, ela disse, cuspindo na minha cara:
– NEGATIVO!!! Ignore essa câmera, e vá desenhar o seu mangá, que está completamente parado, e se você atrasar na entrega, vão cortar metade do seu salário!!
Mia tem razão. Uma câmera que exorciza fantasmas? Que ridículo.
Estou parecendo uma criança de “23 anos”.
Peguei um pão, e o comi, mesmo sem a manteiga. Eu estava muito pensativo para fazer as coisas. Mais uma desculpa para eu não desenhar hoje. Quero estudar cada vez mais sobre essa câmera que tanto me perturba. Quero saber... Quero ver... Quero tê-la.
*
Conferi mais um blog. No post fala a história de uma garota que comprou a câmera.
“Comprar a Câmera Obscura – Famosa câmera do terror foi o pior erro da minha vida. Descobri coisas que antes não podia nem imaginar em ver. É perturbador. Ultimamente ando indo à um psicólogo, que diz que eu realmente estou atormentada. Descobri um caminho em meu guarda-roupa, que me levou à um mundo horripilante onde eu vejo cenas de morte. Várias pessoas me atacam, e a única defesa que tenho é a câmera. Podem não acreditar, mas é verdade. Não estou mentindo. Eu sou uma pessoa fraca – provavelmente irei morrer logo. É um aviso. Não comprem a câmera.”
Abri o link de um site onde a câmera está disponível para vendas. Fitei o site por um bom tempo. Minha mão não saia do mouse, e a seta estava em “comprar”. Eu sabia dos riscos. Mas meu coração dizia para eu clicar. Então, cliquei, sem pensar duas vezes.
Agora é só ficar de olho no correio. Se a Mia ver, estou ferrado.
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CAPITULO 4-II. A curta partida.
Notas iniciais do capítulo
Yukata - Quimono de verão. Pelo que entendo.
1647 – Período Tokugawa, Japão
“O que...?” Rio suou frio.
“Isso mesmo.” Afirmou novamente a forasteira. “A maldição é completamente falsa, assim como os rituais. É só uma desculpa para diminuir os membros da família. E banir os pecadores de incesto.”
“Por isso que o incesto no clã é permitido...” murmurou Rio, que estava com vontade de gritar e espernear. Segurava-se firme para não mostrar seu lado desesperador. “Que vontade eu estou de...”
“Matá-lo?” a forasteira deu um sorriso de canto. Rio olhou para ela.
“Talvez isso. É um sentimento que não sei explicar...”
A forasteira tirou a adaga de seu quimono e entregou-a para Rio. Rio observava a adaga, e voltou a olhar para a forasteira.
“Saia dessa mansão e venha comigo. Diga a todos que vai viajar. Vou te ensinar coisas incríveis que você vai usá-las com gosto e nunca vai esquecê-las. Mesmo diminuindo sua chance de ir para o paraíso. Se bem que o “ritual da primavera” já diminuiu isso.” Disse a forasteira.
“Certo!!” exclamou Rio.
*
Finalmente amanheceu na mansão Hirasawa. Essa foi a noite mais longa de Rio. Passou o tempo todo conversando com a sua nova amiga, a forasteira, a qual o nome não quer revelar nem por cima de seu cadáver. Talvez ela o revele quando der inicio no seu treinamento. Rio estava mais contente que o normal. Comeu os doces que seu irmão fizera – estavam uma delicia. Seu irmão mais novo é o seu maior orgulho de viver. Ela pegou uma mala velha, a qual nunca usara, e colocou nela alguns quimonos e yukatas. O garoto – seu irmão – entrou impaciente no quarto da irmã.
“Nee-chan!” exclamou Kyo.
“Kyo...” sussurrou Rio. “Eu vou partir hoje.”
“Eu vou sentir sua falta, nee-chan... Eu tenho medo, sabe... De ser escolhido em algum ritual... No ritual do segundo filho homem... Eu tenho medo...” chorava Kyo, agarrando-se na irmã.
“Não se preocupe.” Sorriu Rio, acariciando os cabelos do irmão. “Quando eu voltar ninguém mais vai precisar morrer.”
“Jura?” sorriu ele, animado.
“Juro. É uma promessa.” Rio tirou da velha gaveta ao lado de sua cama três bonecas e deu-as para Kyo. “Ele me deu isso quando eu o conheci. Por favor, cuide bem delas para mim.”
E assim a irmã partiu, deixando toda a responsabilidade de sobreviver para o irmão mais novo que logo se tornaria um homem.
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CAPITULO 5-2. A Passagem
2011 – Tokyo, Japão
Eu esperava ansiosamente pelo pacote. Mal consegui dormir direito nesses últimos dias. Mas ele finalmente chegou... Antes conferir o quarto de Mia, para ver se ela estava realmente dormindo. Ela estava até babando. Desci as escadas, e fui ao correio. Peguei o pacote e voltei correndo para meu quarto.
– Heheheee... – eu abria o pacote, alucinado. – Eu tenho uma câmera que exorciza fantasmas!!
Peguei uma lente que estava embrulhada juntamente no pacote. Coloquei-a delicadamente na câmera, com um modelo antigo. Logo ouvi alguns passos – era Mia. Escondi a câmera rapidamente embaixo do travesseiro, e sentei na cama. Ela entrou no meu quarto e me encarou, com olheiras embaixo dos olhos, e seu cabelo bagunçado.
– Bom dia... – murmurou.
– Bom dia!!!!!!! – exclamei desesperadamente alegre. – Quanta emoção ver você de manhã!
Mia fez uma careta.
– Você está zombando com a minha cara...?
– Não!! Imagine! – exclamei.
– Se você dizer mais uma palavra, você será um mangaká morto. – disse Mia, saindo de meu quarto.
Quando Mia saiu, rapidamente tranquei a porta e fiquei ouvindo seus passos. Mia é um demônio quando acorda. E segundo o calendário, provavelmente ela está de TPM. Para piorar.
Uma força invadiu o quarto. Eu mal conseguia ficar de pé. Minhas pernas estavam bambas e o único jeito era me ajoelhar. Meu cérebro parecia explodir. Coloquei minhas mãos sobre minha cabeça e mantive os olhos abertos. Havia uma garota, pálida, debaixo da mesinha do meu trabalho.
– Mia? Esqueceu alguma coisa? – eu disse, com dificuldade para falar e respirar. Fui engatinhando até ela, e ela virou seu rosto. Seu pescoço estava quebrado, e sangue caia de sua testa. Seus olhos pareciam sair para fora. Ela moveu sua mão, acariciando meu rosto.
– Aoi... – disse ela, com uma voz trêmula.
Eu tremia. Um pingo de suor caiu em seus dedos. Ela parou de acariciar, e cheirou sua mão. Ela fez uma expressão de desgosto e pulou em mim, pegando no meu pescoço, nos levando até a parede, fazendo um enorme barulho quando batemos. Olhei para ela, desesperado. Tive sorte de não ter quebrado alguma coisa.
– Maldito... O que você fez com Aoi?! – gritou a mulher, começando a apertar meu pescoço.
– Ghhhh! – gemi. – Mas... Eu sou Aoi...
Passos rápidos correram sobre a escada. Mia abriu a porta de meu quarto preocupadíssima, e me viu junto com a mulher, que eu apelidei carinhosamente de “mulher doida”. A mulher virou seu pescoço quebrado (Algo realmente incrível) e olhou para Mia. Logo, soltou meu pescoço e foi na direção de Mia, começando a ir atrás dela. Mia corria desesperada pelo meu quarto, e a fantasma apenas a seguia, gemendo, com raiva. Disfarçadamente peguei a câmera que estava debaixo do travesseiro e coloquei um filme que veio junto com ela, um filme tipo 14. Liguei a câmera, e comecei a mirar, tirando algumas fotos.
Era algo realmente incrível. Quando eu tirava uma foto de boa resolução do rosto da fantasma, pareciam pontos na tela. Era como se eu estivesse a enfraquecendo. Quando ela conseguia se agarrar a Mia, ficava um pouco mais difícil de tirar.
– Aoi! – gritou Mia. – Acabe logo com isso!
Tirei o último tiro. O tiro que finalmente exorcizou a mulher de pescoço quebrado. A força espiritual sumiu de repente, e Mia caiu de joelhos. Pra mim, foi uma experiência incrível. Agora, para Mia...
Ela levantou-se e olhou para mim com um olhar mortal. Veio em minha direção e deu um tapa em meu rosto.
– O que eu falei pra você?! Para não comprar a câmera! – gritava Mia. – Agora vai se livrar disso! Se não, eu me livro!
Mia saiu, às pressas, furiosa.
Eu não podia devolver a câmera agora. Foi uma experiência única para mim. Peguei uma mochila de lado, coloquei alguns filmes tipo 14 e um tipo 7 e fui saindo de fininho. Quando cheguei ao corredor, vi mais um fantasma. Escondi-me, e ele foi em direção a uma porta que eu nunca havia visto. Fui até ela, e abri, devagar. Dentro eu podia ver um lugar estranho, todo velho, um lugar que nunca tinha visto. Entrei, devagar, e peguei a lanterna que havia colocado na bolsa. Liguei a lanterna, e comecei a analisar o lugar. Peguei um livro que estava por perto e comecei a ler.
“Diário 1
Minha irmã voltou de viajem há dois dias. Eu não posso contar para ela que vou ser o próximo de um dos rituais do clã Hirasawa. Não posso.
Eu não quero atrapalhar a vida de minha irmã e não quero que ela se sacrifique por mim. Realmente não quero.
O dia do ritual está próximo. Faltam mais dois dias. O local do ritual vai ser no Quarto do Sacrifício, aonde foi morto o seu ex-namorado – em outras palavras, nosso primo.”
– Primo? Ocorriam incestos aqui? Caramba, olha o lugar que fui morar. Rituais, sacrifícios, que sinistro, e... Eh?
Iluminei um canto, aonde eu podia ver um papel dobrado. Fui até ele e o abri. Era um mapa da mansão. Eu pude ver onde fica o “Quarto do Sacrifício”, e lá seria meu próximo destino. Andei um pouco mais, indo para um corredor com velas acessas. Meu corpo tremia como uma vara. Andando um pouco mais, pude ver a imagem de um garoto, que aparentava ter uns 8~9 anos. Sua imagem desaparecia aos poucos.
“Salve-me... Nee-chan...”
NEE-CHAN?! Esse garoto tá tirando comigo?!
Eu estava com muito medo para encarar essa sozinho. Dobrei o mapa, o coloquei dentro da mochila, e voltei para o apartamento, esperando que Mia aceitasse minha proposta.
Mia estava sentada no sofá, assistindo a um programa de TV e comendo um pão de batata recheado com requeijão. Aproximei-me e sentei-me ao seu lado.
– Já se livrou da câmera? – perguntou Mia, dando mais uma mordida.
– Sabe, Mia... – eu disse. – Eu encontrei uma coisa.
– O que? – perguntou ela.
– Isso. – tirei o mapa da mochila e mostrei para Mia. Mia parecia estar encantada.
– M-Mas ‘daonde você tirou isso?! – exclamou ela, observando cada lugar do mapa, que era enorme como uma mansão.
– É o que você chamou de “porão” quando nos mudamos... Que parece ter um tamanho de uma mansão. Quem sabe se formos lá acharemos o mapa do segundo, ou até mesmo do terceiro andar?
– Incrível! Mas isso era pra ser um apartamento pequeno! – ela observava todos os detalhes do mapa. – E esse mapa é bem antigo. Vamos lá!
– Mas tem um problema... Hehe...
– Qual? – ela perguntou.
– Lá tem fantasmas. – respondi.
Mia respirou fundo. Mas ela continuava animada. Ela tirou do meu bolso a câmera obscura e disse, com um sorriso:
– Temos a câmera! Se aparecerem, vamos simplesmente exorcizá-los, ora!
Abri outro sorriso enorme. Mia subiu às pressas para seu quarto e pegou sua mochila. Colocou-a nas costas e desceu a escada.
– O que está esperando? Vamos lá! – disse ela.
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tá e a história acaba assim? afffs veeey
ResponderExcluirvou procurar sem tem continuação e posto
Excluir**se
ExcluirAe Cara isso ae e um Jogo Chamado FATAL FRAME Suspeito q esse Seja o 2
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