sábado, 23 de fevereiro de 2013

MARIO













(Nota: Esta é uma história verdadeira, e resume o que se passava em minha mente enquanto jogava isso, e eu não fazia idéia de que estava prestes a ser enganado da maneira que eu fui. Posso dizer que esse é, de longe, o hack mais assustador que eu joguei em toda minha vida. Se você estivesse em meu Skype, teria me ouvido falar sobre esse jogo ao vivo, mas mesmo assim, já é tarde da noite, e eu não tenho muito tempo pois preciso dormir , então isso é tudo que posso fazer nesse tempo...)

Então, tudo aconteceu na noite de todas as noites. Eu estava entediado, obviamente pensando no que poderia fazer para passar o tempo, e conversando com algumas pessoas no SMW Central (um enorme fórum que reúne vários hacks do game Super Mario World). Tivemos bons momentos, e compartilhamos algumas risadas. Graças ao tédio, decidi dar uma olhada na seção "Hacks Esperando Moderação". Parece que tínhamos uma boa quantidade de jogos; 33, se eu não me engano. Os primeiros hacks que eu vi estavam ordenados por data, e era uma porcaria atrás da outra, com imagens de qualidade horrível para completar.

Naturalmente mostrei esses hacks para os donos do fórum. Estávamos rindo muito do quão ruim alguns deles eram, mas então eu cheguei a um hack chamado "MARIO". Apenas isso, nada mais, nada menos. A descrição era muito estranha, como se algum hacker japonês tivesse tentado traduzir o enredo original de Super Mario World em Inglês, mas falharas horrivelmente. Mostrei isso para Kieran, e então ele começou a rir com a descrição. Dizia o seguinte:

"Enquanto você faz o papel do Super Mario Encanador, verifique se sua linda Purinsesutozutouru novamente Bowser sequestrou o rei do mal. É o seu trabalho salvá-la! Este hack inclui seis níveis muito extensos."

Eu simplesmente considerei isso como uma tentativa de alguém tentando agir como japonês, e liberando um hack de merda com algumas modificações, ou algo assim. Bem, isso era que eu pensava...

A curiosidade foi mais forte. Decidi fazer o download do hack, não sabendo no que eu estava prestes a me meter, uma vez que a única imagem prévia do hack, era a tela de título original com nada mais, exceto pelas letras "Mario", da tela de titulo do Super Mario World. Achei um pouco estranho não haver datas nem nada disso, já que os hackers costumam colocar seus nomes e datas sobre os títulos para marcar quando o projeto fora iniciado.

Então, quando abri o arquivo do hack, me deparei com 2 arquivos: Um deles se chamava 3007014, um simples arquivo no formato .txt

27 KB de tamanho, junto com o arquivo IPS, simplesmente chamado "MARIO". Por alguma estranha razão, eu queria ver o que o autor do hack tinha a dizer, mas quando abri o hack no Bloco de Notas, não havia nada, além de indistinguíveis símbolos, letras e sinais de pontuação, tipo aqueles que aparecem quando você abre um arquivo .rom usando um programa editor de textos, como o Notepad. Parecia que o autor havia simplesmente convertido seu arquivo .rom para o formato .txt, se bem que eu posso estar errado. Olhando mais atentamente, descobri que no topo do arquivo .txt, misturado com o embaralhado de letras e símbolos, havia uma única coisa lá que parecia estar em Inglês. Aqui está um trecho do que encontrei:

"ÿØÿà JFIF H H ÿþ 1find me find me find me find me find me find meÿÛ C"

Para ser sincero, eu não sabia o que fazer sabendo disso, e eu achava que era perda de tempo ficar procurando mensagens subliminares no meio de um arquivo todo embaralhado... Estou disposto a apostar que ninguém nunca será capaz de fazer isso fazer sentido.

Porem decidi que, já que meu interesse fora crescendo constantemente, eu iria começar a procurar em minha pasta horrivelmente desorganizado de downloads por uma cópia de um jogo comum, que eu havia baixado à um bom tempo antes dos acontecimentos desta noite, e por um patcher IPS; claro que a minha escolha para o trabalho foi o programa Lunar LPS (LIPS).

Em seguida, prossegui a mover o ROM e o Patcher IPS para a pasta do hack. Eu usei o patch na ROM, não sabendo o que esperar em seguida, e então rapidamente arrastei-o para o emulador ZSNES, esperando jogar o que eu achava ser uma porcaria de hack, com base na imagem prévia do jogo. Na inicialização, notei que o autor havia tido tempo de alterar o cabeçalho de seu hack. Ao invés do habitual titulo "super marioworld" que você normalmente vê no canto esquerdo quando inicia um rom no ZSNES, ele só tinha a palavra “mario”, mais uma vez. Neste ponto, ganhei um pouco de esperança, porque normalmente as pessoas que fazem hacks meia-boca geralmente nem sequer mudam o título do cabeçalho. Por um momento pensei não estar perdendo meu tempo com isso, e meu humor se iluminou um pouco com a idéia de ver o que o autor tinha a oferecer em seu pequeno hack interessante. Assim, a tela de título carregou, exatamente como seria em Super Mario World, exceto que só havia "Mario" escrito no título, como eu havia mencionado anteriormente. Outra coisa que aumentou ainda mais meu interesse, era que a coloração do “modelo” brilhante e animado do Mario parecia mais, como posso dizer... "cinzento". O que antes era violeta-vermelho agora se tornara um cinza com um pequeno tom vermelho, e eu tenho quase certeza de que suas calças também pareciam mais cinzentas do que o normal... Achei isso estranho, e me perguntei por que ele decidiu deixar o Mario com uma palheta de cores tão “chata”. Independentemente de suas intenções, eu senti que havia algo... errado. Não no sentido de que a palheta estava pior, mas de que o hack parecia vazio, como se algo tivesse acontecido. Ao pressionar start e selecionar um novo arquivo, assim como um monte de hacks do Mario que eu havia jogado no passado, apareceu uma espécie de tela de introdução que, basicamente, descrevia toda a história do jogo em um pequeno parágrafo, pequeno o suficientemente para caber em uma caixa preta. Comecei a ler, e para a maior parte, a mensagem permanecia a mesma, mas houve um detalhe essencial que deixou tudo mais interessante. Aparentemente, o principal antagonista deste hack não era Bowser, assim como em todos os outros. Ao invés disso, era o... Mario?

A mensagem dizia exatamente isto (traduzido):

"Bem-vindo! Essa é a Terra dos Dinossauros. Nesta estranha terra descobrimos que a princesa Toadstool fora raptada novamente! Parece que Mario está por trás disso mais uma vez!"

“Mas que...? Essa não era a mensagem original de Super Mario World", disse a mim mesmo. Normalmente eu nem pensaria nisso, vendo como, em meus quase 2 anos na SMWCentral, já joguei incontáveis hacks ​​e me deparei com muitas mensagens de introdução diferentes, mas por alguma razão esta realmente mexeu comigo. Neste ponto, eu definitivamente sabia que havia algo estranho com este hack. Ao deixar a música de introdução tocar, apertei o botão Start em meu joypad para finalmente chegar ao mapa e começar minha jornada por este jogo desconhecido. Ao entrar no mapa principal, tudo parecia normal. Mesmos caminhos e fases antigas, mesma musica original, só os nomes das fases eram diferentes.  Ao invés de "Yoshi’s House", como era de costume, agora se chamava simplesmente "Yoshi"; a parte da “House" havia sumido. Comecei a perder a esperança do hack, pois parecia que o autor não havia mudado quase nada da versão original. Eu esperava ver algo novo, algo chocante. Bem, infelizmente para mim, meu desejo fora realizado, como você verá quando continuar lendo. Decidi entrar na fase somente por curiosidade. Quando entrei, a casa inteira do fundo havia sumido. Não havia mais fumaça, não havia mais fogo, não haviam mais passarinhos, nada. Tudo o que restava era a caixa de mensagem. Ao abri-la, a mensagem que eu esperava estar lá fora substituído com o que parecia ser um código binário.

"01101110011011110111010001100101011100000110000101100100
{C}-Yoshi "

Aparentemente, o código traduzia para: "bloco de notas".

Neste ponto, eu estava no Skype dizendo a todos que aquele hack estava começando a me assustar, o que resultou em algumas respostas sarcásticas, mas hey, eu já esperava isso. De qualquer forma, após isto, meu nível de interesse pelo hack disparou, e junto com ela minha paranóia... Rapaz, que surpresa divertida eu estava para ter. Em seguida, decidi ir para a esquerda. Ao chegar na fase antes conhecida como “Yoshi Island 1", ela fora nomeada agora como "never come back (nunca mais volte aqui)". Agora eu achava que as coisas iriam resultar em uma armadilha mortal, assim como no famoso hack “Kaizo Mario”, porque geralmente as fases são nomeadas assim, para garantir que o jogador não vá pra lá. Para minha surpresa, não foi exatamente dessa forma, porém, depois do que passei, eu gostaria que fosse. Ao entrar na fase, fui cumprimentado pelo som absurdamente alto do veículo voador de Bowser, que pode ser ouvido logo antes da ultima batalha do jogo. Claro que, como meus fones de ouvido estavam moderadamente alto, aquele barulho me fez pular da cadeira, o que provavelmente não teria acontecido se eu já não estivesse sido tão nervoso antes disso. Decidi neste momento que seria melhor abaixar o volume de meus fones de ouvido, para não ter mais surpresas desagradáveis como essa.

Quando entrei no nível, com exceção da música, tudo parecia ser a mesma coisa, exceto pelo fato de que o pequeno Koopa que desliza na primeira borda não estava mais lá, nem mesmo o Bill Banzai. A moeda do dragão ainda estava lá, no entanto, por alguma razão, eu não conseguia coletá-la, ou melhor, nenhuma das moedas de dragão do jogo. O autor teve a certeza de fazer isso. Também notei que havia um bloco marrom já usado, perto do local onde o Banzai Bill normalmente aparece. Eu só pude supor que esta era uma revisita a fase depois que eu havia a terminado, assim como ouvi falar em algumas histórias assustadoras meia-boca relacionadas a outros jogos do Mario. Agora eu queria saber por que as coisas estavam daquele jeito, o que me fez pensar na mensagem de introdução do hack: Mario havia feito alguma coisa à Terra dos Dinossauros? Tudo isso era do ponto de vista de Bowser? Rapidamente rejeitei a última opção, porque parecia meio estúpida demais. Aquilo me deixou pensando que Mario, em algum ponto no tempo na história do autor, causou alguma coisa... Mas o quê?

O que Mario havia feito? Minha mente não fazia mais nada além de deixar os pensamentos correrem neste momento. No entanto, rapidamente tirei isso tudo da cabeça e continuei a me aventurara no nível, só para descobrir que todos os blocos já haviam sido basicamente atingidos basicamente; todas as moedas foram coletadas (exceto pelas Moedas de Dragão, aquelas ainda estavam lá e ainda eram impossível de serem obtidas), não havia inimigos, e eu já não podia mais descer em canos. "Que tipo de besteira que eu estou jogando aqui?", fiquei pensando comigo mesmo. Neste ponto, me senti desconfortável. Decidi continuar me aventurando. Eventualmente me deparei com outra caixa de mensagem, que eu não estava surpreso que ainda estava na fase. No idiota que sou, pulei e bati na caixa. Ao atingi-la, fui recebido com a familiar caixa preta mais uma vez. A mensagem fora obviamente editada, como já esperava. Ela dizia o seguinte (traduzida):

"-PONTO DE DICAS –
Eu te odeio”

Agora tive a impressão de que as coisas estavam começando a ficar na “vibe” de que o autor era um indivíduo doentio e esquisito, e eu tinha certeza absoluta de que Mario definitivamente havia feito alguma coisa. Neste ponto eu estava basicamente correndo para chegar ao fim da fase, até me deparar com outra caixa de mensagem, no entanto, esta era apenas uma caixa em branco com o titulo "-PONTO DE DICAS-" escrito no topo, e nada mais. Rapidamente ignorei-a e dirigi ao final da fase, na esperança de sair de uma vez daquele inferno. Ao chegar próximo ao fim, encontrei uma Flor de Fogo no bloco superior, na parte onde haviam quatro blocos um do lado do outro, só que desta vez só havia o bloco mais alto. Era impossível para mim chegar lá pelos meios normais, então eu só continuei seguindo em frente, como um cego curioso faria. Então, eu finalmente cheguei ao fim, e como sempre, o caminho para chegar ao Palácio do Interruptor Amarelo foi liberado. Decidi seguir por este caminho, e descobri quando entrei no mapa principal de fora, todas as montanhas e decorações, exceto pelos fantasmas que sobrevoam as Casas dos Fantasmas haviam sumido. Nada mudou dentro do Palácio do interruptor Amarelo, exceto pela mensagem do final: Tudo o que aconteceu foi que “SWITCH-PALACE” foi alterado para “MARIO-WORLD”. De qualquer forma, justo quando pensei ter terminado essa abominação chamada de hack, descobri que a fase “Yoshi’s Island 2” também fora editada. Maravilha...

Ao chegar na Yoshi’s Island 2, vi que ela havia sido renomeada para “YOSHI’S HOUSE”, o nome original da fase onde você começa o jogo.

Resolvi entrar e descobri que a palheta de cores da fase também havia sido mudada, junto com o fundo. Eles pareciam ter sido alterados para a mesma palheta da Yoshi’s Island 3, você sabe, com tudo esverdeado e tal, exceto que a cor do fundo fora escurecida para uma cor marrom meio podre, e que a vegetação no solo não estava mais presente . Dando alguns passos, me deparei com uma trilha de Koopas, aquela que inúmeros jogadores jogam um casco para ganhar uma vida extra. Ignorei-os e segui para ver se a fase havia sido mais alterada. Finalmente me deparei com o "?" que prende o Yoshi, e com isso, pulei no bloco para liberá-lo. Após fazê-lo, recebi esta mensagem:

"Hooray! Obrigado por me salvar. Meu nome é Yoshi. Em meu caminho para resgatar os meus amigos, Mario me prendeu neste ovo."

Neste momento, pensei em todos os cenários possíveis: Mario atacando a Terra dos Dinosauros, destruindo as plantações, causando danos horríveis e irreversíveis, enfim, tudo. O autor havia me fisgado com seu pequeno jogo doentio, e como qualquer outro idiota, eu mordi a isca e ainda voltava para conseguir mais...

Em algum lugar não muito longe do bloco do Yoshi, eu encontrei outra caixa de mensagem, no mesmo lugar em que me lembro de estar no jogo original, porém, se eu aprendi alguma coisa jogando isso, foi que as caixas de mensagens não guardavam coisas boas para mim. Isso me fez hesitar em bater nele, mas eu acabei fazendo-o de qualquer maneira. Eu queria saber mais. A mensagem que eu recebi foi a seguinte:

"mas,

há algo que eu possa fazer para você mudar de idéia?"

Que porra era essa? O que diabos isso queria dizer? Mudar de idéia? Sobre o que eu mudaria de idéia? Isto se tratava sobre todas as coisas que Mario havia feito, e sobre como as pessoas estavam tentando convencê-lo a parar? Yoshi estava falando comigo através das caixas de mensagens? Ou era sobre mim? Parecia que o hack estava tentando se comunicar comigo através das caixas de mensagens. Bem, de qualquer forma, se aquilo se tratava sobre o que Mario havia feito, ou sobre minha decisão de continuar, decidi continuar a jogar, apesar dos sinais evidentes de que eu deveria ter parado a um bom tempo. Enquanto progredia, descobri que eu estava certo: toda a vegetação havia sumido, e nada fora deixado na fase, excepto por alguns inimigos, como os Jogadores de Futebol e as Marmotas; até mesmo os canos haviam sumido. Me deparei com outra caixa de mensagem. Como todas as outras vezes, decidi atingi-lo. Fui recebido com outra mensagem enigmática...

"-PONTO DE DICAS-
Esta é a maneira egoísta para ir embora"

A maneira egoísta para ir embora? Que diabos... O hack estava me chamando de egoísta por continuar a jogá-lo apesar das advertências? Neste ponto, eu estava assustado a ponto de estar tremendo um pouco, um misto de expectativa, o medo, e o fato de que meu quarto estava terrivelmente frio naquela noite. Fechei a caixa de mensagem e mais uma vez segui em frente. A área com os marmotas parecia não ter mudado, mas o fundo com as nuvens felizes também haviam desaparecido, como pude ver quando escalei o cipó. Isso fez com que eu me sentisse triste, para dizer o mínimo, não tão assustado quanto deprimido... é um sentimento que eu não consigo explicar muito bem. A partir deste ponto, era basicamente apenas um enorme caminho de terra até o final da fase. Eu continuei rapidamente, queria dar o fora de lá o mais rápido possível, já que havia passado tempo demais olhando ao redor. Então, eu e Yoshi (eu ainda estava montado nele) finalmente abrimos o caminho para a próxima fase. Ela também fora alterada. O que antes era Yoshi’s Island 3 agora se tornara "Yoshi’s Island 7". O hack Memories of Super Bobido World imediatamente veio em minha mente, já que ele tinha esse mesmo sistema de pular vários números de fases, o que o fazia parecer ainda mais ridículo, mas neste momento eu não havia achado nada bem-humorado, devido ao senso comum e razões óbvias explicadas anteriormente. Entrei no nível sem hesitar. Quando entrei, fui recebido por um fundo preto sólido, e um piso azul e cinza. O lugar parecia congelado... Sem vida e estéril. Não havia nada na fase, exceto pelo poste de checkpoint.

Apenas um trecho de terra clara com mais nada em volta. Rapidamente perdi meu interesse e terminei a fase, apesar desta parecer ser a fase mais solitária e assustadora do jogo, pelo menos até agora, já que as coisas se tornariam piores em breve. Com a fase terminada, um novo caminho se abriu: “Yoshi’s Island 4” se tornara apenas "leave now (saia agora)". Agora eu hesitei sobre querer parar de jogar, mas meu interesse ainda era mais forte. Neste ponto, SMWCentral não era mais nada alem de minhas postagens constantes sobre as descobertas e mensagens do hack, para que outros pudessem experimentar o que eu estava experimentando. O canal, infelizmente, estava estranhamente inativo; parecia que ninguém realmente se importava, ou não estavam por perto. Eu me sentia sozinho... Mas prossegui para a próxima fase. Na maior parte, tudo parecia o mesmo, tirando o fato de que agora não havia mais água para me impedir de cair em buracos sem usar Yoshi como um sacrifício. O nível também estava vazio de inimigos.

Sempre que eu chegava num buraco que parecia muito longe para eu pular por cima, descobri que eu poderia andar no ar, assim me livrando da necessidade de utilizar Yoshi como um sacrifício. Era evidente que o hack queria que eu o deixasse comigo, pelo menos até agora. Fui capaz de chegar ao cano que geralmente me leva para a saída da fase. Entrei e vi que a sala estava exatamente normal, tudo no mesmo lugar e nada editado... ou foi o que pensei. A caixa de mensagem, mais uma vez, quebrou o clima daquele breve momento de alívio que eu tive ao entrar pelo cano. Nesse ponto, eu estava questionando se eu deveria continuar para ver como tudo aquilo terminava, ou sair naquele momento enquanto eu ainda tinha um pouco de senso comum sobrando. A caixa de mensagem era meio indistinguível, e eu sinceramente não consegui entender o que queria dizer:

"Você conseguirá se cortar a no final. Se você coletar você pode."

Por um momento tentei descobrir o significado daquela mensagem, mas, eventualmente, desisti e terminei o nível. Imaginei que a caixa não valia muito a pena. Com o nível terminado, o caminho para o castelo do primeiro mundo foi liberado, agora renomeado de "#1 Iggy’s Castle" para "#1 GO BACK (#1 VOLTE)". Com certeza, me senti muito bem-vindo ali...

Ignorando completamente o nome da fase, já que estava decidido a terminar de vez com tudo aquilo para sempre, segui em frente. O que parecia ser a introdução normal da entrada de de um castelo foi deixada especialmente assustadora, dado o fato de que eu tive que me separar do Yoshi. Eu senti pela primeira vez que eu estava realmente abandonando-o, e aquilo definitivamente não era bom. A sala interior do castelo parecia estranha; havia um tom de lava esverdeada escura no teto, e havia postes que pareciam pilares. Além de que, ao lado de cada pilar, havia uma quantidade bem alta de caixas de mensagem, quanto mais eu avançava, mais a quantidade aumentava. A sala era basicamente um grande corredor sem inimigos ou qualquer coisa do tipo. Toda caixa de mensagem que eu acertava me davam ou uma mensagem em branco com a assinatura do Yoshi, no fundo, ou a mensagem que dizia o seguinte:

"Você não acha que já causou problemas o suficiente?"

Outra mensagem enigmática, embora neste ponto já não me surpreendera tanto quanto das primeiras vezes. Novamente, os pensamentos em minha cabeça começaram a circular. Queria saber exatamente o que Mario havia feito, por que ele estava ali, e porque tudo e todos queriam que ele desaparecesse para sempre. Eu estava me sentindo mais deprimido do que com medo neste momento, para ser sincero, e eu não tinha idéia do que esperar em seguida. Eu continuei andando no longo corredor, verificando caixas de mensagens que não continham nada, exceto pelas mesmas 2 mensagens repetidas. É como se eles estivessem me dizendo para parar de jogar, ou algo assim. Obviamente, eu os ignorei e continuei  andando. Finalmente cheguei ao fim do corredor. Havia uma porta que entrei. Fui recebido por nada, mas um pequeno pedaço de terra, e naquele ponto, a tela estava me empurrando automaticamente, e assim eu pensei que aquele deveria ser o fim, que o autor queria que eu saltasse no buraco e cometesse suicídio ou algo assim, terminando assim minha jornada. Eu estava errado; a rolagem automática me empurrou pra fora da beirada, mas eu continuava andando, infelizmente. A fase não era nada alem de um longo trecho de terra invisível e um outro pequeno pedaço de terra, grande o suficiente apenas para caber uma porta de chefe. A rolagem automática de repente parou, e eu me preparei para o pior. Juntei minha compostura, engoli a saliva da minha boca, e respirei fundo. Entrei.

Nada além de um chefe normal, Iggy; me senti enganado de uma certa forma, no entanto. Fiquei feliz de pensar que tudo aquilo finalmente iria acabar. Derrotei Iggy somente com 2 saltos, sem esforço, que na verdade fora a vez que eu o derrotei mais rapidamente. Depois que ele caiu na lava, a mensagem de congratulação da derrota do chefe apareceu como de costume. Depois disso, fui levado para a cena do resgate do ovo e destruição do castelo, mas ao invés da mensagem de costume, me foi mostrado algo perturbador e muito diferente, como um perfil de uma cena de um crime. A mensagem foi a seguinte:

"Vitima #1: Os olhos foram incapazes de serem encontrados. A vítima foi encontrada deitada em seu tapete. Causas de morte ainda são desconhecidas, impressões digitais não identificáveis ​​foram encontradas em todo o cadáver".

"Mas que merda tem de errado com esse cara?!" gritei ao ler a mensagem perturbadora. Quero dizer, era um hack, mas ainda assim! Quem era a vítima? Por que seus olhos foram arrancados, e o que poderia ter tornado essas impressões digitais encontradas em seu corpo como não identificáveis? Fora isso que Mario havia feito? É isso que o autor estava tentando me dizer? E, além disso, a garota era a Princessa Toadstool? Levei um tempo para ver se eu havia lido a mensagem corretamente, então continuei seguindo em frente, embora eu quisesse saber o que acontecera em seguida, uma vez que o mapa principal estava completamente desaparecido e não havia nenhum vestígio dele em lugar algum. Para minha surpresa, ele ainda mostrava o caminho marcado para Donut Plains, as telhas do evento ainda estavam lá, marcando o caminho para o nível solitário abaixo do mapa gigante que uma vez já fora o mundo principal. A fase ainda se chamava “Donut Plains 1”. Pensei mais uma vez que iríamos finalmente acabar com aquilo, mas quando entrei no nível, pude ver que, assim como nas vezes anteriores, eu estava mais uma vez errado. Ao entrar, vi duas caixas de mensagem. Elas diziam o que se segue:

"Não tem como sair daqui"

"Voe para longe"

Eu achei muito estranho que ambas as caixas de mensagens se contradiziam. Uma estava me dizendo que não havia maneira de sair daquele inferno maldito, e o outro estava me dizendo que, se eu pudesse voar, eu poderia ser livre, embora eu não tenha visto nenhuma pena ou inimigos com penas para que eu pudesse pega-la. A mensagem estava me dizendo que eu poderia me levantar e ir para o céu, ou ficar para sempre naquele inferno, correndo em desespero? Será que eu precisava de uma capa para continuar? E o que acontece depois disso? O jogo se resume a isto? Comecei a criar mais teorias em minha cabeça tentando entender as caixas de mensagens, mas sem sucesso. Eu continuei andando para a direita. Dei um salto, mas notei que estava preso naquela área; havia uma parede invisível me impedindo de sair. Quando encostei no chão, tentei passar novamente correndo para à direita, pra ver se havia alguma maneira de seguir em frente. De repente ouvi o som que toca quando você entra por um cano, e eu estava fazendo essa mesma animação, só que no chão; não havia nenhum cano na área, por isso parecia muito estranho. Fui então levado para um nível com um fundo preto, blocos de pedra de chão, e uma pequena porta. Imediatamente o jogo me deu um cogumelo para me impedir de entrar nela, então eu prossegui pra ver se há mais alguma coisa no nível. Achei que a sala não era nada, exceto por um longo trecho de blocos de concreto e portas que eram pequenas para que eu pudesse entrar por causa do cogumelo. É óbvio que o autor não queria que eu passasse por qualquer um deles, senão eu não teria recebido o cogumelo em primeiro lugar. Enquanto prosseguia, encontrei-me num beco sem saída. Como não havia nada para me olhar, eu tentei ir para a direita novamente. Funcionou: fui através da parede de tijolos. Ela agiu como um tubo, e eu a atravessei e fui em direção a escuridão.

Fui então levado para uma pequena sala, com o que parecia um buraco, e uma parede. Eu pulei no buraco vendo como não havia outra opção, embora eu achasse que o fundo do poço era sólido. Tentei me abaixar em um monte de áreas até me deparar com um tubo secreto; Mario lentamente fez a animação de descer pelo cano, indo para fora da tela. Pensando que iria para a próxima fase, eu esperei, esperei, mas não havia mais nada. Apenas uma tela preta. Eu era incapaz de continuar. Não era possível se mover, pausar ou sair do nível. Não havia absolutamente nada para ser feito. Esta era a representação da morte em um videogame: uma travada. Mario havia morrido...

Depois de jogar, eu acho que finalmente entendi o que estava acontecendo. Suponho que Mario estava arrependido pelas suas ações, e nisso, acabou sendo jogado em um inferno que parecia exatamente com a Terra dos Dinossauros, onde ele estava perdido em uma terra de ódio e morte, para sempre...


Eu havia terminado minha jornada, e estava muito aliviado por isso. O pesadelo terminara, e as atividades no fórum e no Skype pareciam ter voltado ao normal. Rapidamente compartilhei meu relato com o resto dos usuários do SMWCentral, e escrevi esta pequena documentação digitada aqui.

Se você se sentir ousado o suficiente, você também pode testemunhar meu relato em “primeira mão”.

Lembrem-se, rapazes, é apenas um hack, ele não pode machucar... Certo?

Link para download do jogo/hack: http://bin.smwcentral.net/36667/MARIO%20(1).zip
Arquivo .txt convertido para o formato .jpg (descoberto pelo administrador Kieren, do SMWCentral)

A Profecia do Século - A Volta do Papa João Paulo II




No dia (01/05/2011) o mundo assistiu à beatificação do papa João Paulo II, morto em 2005. Esse foi o primeiro passo para transformá-lo em mais um santo da Igreja Católica. A cerimônia aconteceu na praça de São Pedro, no Vaticano, diante de  1 milhão de pessoas.

Circula na internet, há algum tempo, um vídeo explicando o significado dos 7 reis de Apocalipse 17. Em forma de profecia, esse vídeo diz que os reis são na verdade papas, sendo João Paulo II o 6º e o atual papa Bento XVI o 7º. Ainda de acordo com essse vídeo, o 8º rei (que faz parte dos 7, de acordo com a Bíblia) seria o mesmo João Paulo II, que voltaria de alguma forma, da morte, tornando-se assim, a besta descrita no versículo 8 do mesmo capítulo.

Seria a sua beatificação o início de uma suposta volta? Será possível uma reaparição depois de morto?

Assista o vídeo e tire suas próprias conclusões.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A voz do além

Olá seres obscuros,como estão?
Vocês já ouviram alguma voz estranha,e já perguntaram quem era?
Quero que saiba que isto é perigoso.
Aqui contarei o que aconteceu comigo.

Bom...
Ontem a noite,estava quase que sozinha em casa.Meus pais haviam saído,só minha irmã e eu estávamos em casa.Porém,minha "maninha" estava dormindo.
Eu não podia ligar o computador por ordem de meus pais,então sem nada pra fazer,fiquei vagando pela casa.
Ouvi um barulho vindo das correntes do portão,fiquei com um pouco de medo,mas logo me esqueci.
Fui até a cozinha fazer um lanche,pois estava com fome.
Enquanto eu cortava o pão,ouvi risos e um "Shhhhh".
Procurei em volta,não havia ninguém.A voz parecia de uma garota jovem.
Perguntei quem era.
Então ouvi risos altos.
Fui ao quarto de minha irmã.Ela estava dormindo.
Deitei-me ao lado dela,tremendo de medo,com medo que essa "coisa" me atacasse,e esperando meus pais chegarem.
Ouvi passos perto quarto,e vi uma sombra se deslocando.A sombra tinha postura humana.
Arregalei os olhos de medo.
Fiquei esperando ela vir até mim,quando ouvi o som do carro de meus pais voltando.
Quando percebi a sombra havia sumido.

Eu te Observo

Você já teve a sensação de estar sendo observado? Ah, mas que pergunta idiota, com certeza você já teve essa sensação, mas com certeza, não sabe o que foi ou quem era.

Era eu.

Sim, era eu. Sempre vendo e estudando você. Escondido e vendo cada passo que você dava e o destino que você deu a sua própria vida. Eu sempre estive lá, sempre.

Eu queria lhe causa medo, eu me divertia com isso.

Mas você me ignorou, humano tolo. Criou seus próprios monstros, escreveu e desenhou seus próprios demônios, espelhou seus próprios medos, e me esqueceu.

Eu cansei disso, não quero mais te dar medo, mas....

.... Eu ainda te observo

FONTE:Terror Fatal

Postagens

(caso quiser ver a imagem maior clique sobre ela)

Como podem ver na imagem a cima,criei uma nova "pagina" para o blog.
Em -"Postagens "corrompidas" - vocês poderão dizer ou indicar o link  de postagens com os seguintes problemas:

  • Falta de link ou vídeo citado na própria postagem
  • Texto que não dá para sem intender,sem sentido ou com grandes erros gramaticais 

Caso seja algo fora dos requisitos a cima,diga por email
wolf_nightmare_@hotmail.com

Aceitarei elogios e criticas,mas qualquer comentário ofensivo será deletado.

(Uma das postagens,que é a do eyeless jack,já foi revisada por mim,e revisarei outras hj ^^ )

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

DEAD.txt

bom galera,essa creepypasta e muito boa,traduzi ele hoje,espero que gostem,e lembrem-se se quiserem uma tradução em especial,peçam nos comentários,ou pela xat box se eu estiver online!
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Olá pessoas.

Meu nome é Robin, e ontem eu recebi um e-mail do meu amigo online, Nick. Ele tinha o título de "morto", e continha apenas a palavra morto e um arquivo txt chamado "DEAD.txt".

Ele dizia o seguinte:

  Minhas últimas palavras.8/7/2012 23:23 PM

"Estou assustado para a vida”. Deixe-me dizer-lhe toda a história, se puder. É engraçado como a internet e a paranóia podem destruir sua vida em tão pouco tempo.
Nos últimos dias tenho lido muitos Creepypastas. Eu li tantos que eu virei completamente paranóico.

Não apenas paranóico, mas também louco.

Hoje, algo muito estranho aconteceu. Gostaria apenas de acordar, levantar-se, vestir-se e sentar-se no meu quarto pesquisando na internet. Da mesma forma que o habitual. Mas por alguma razão, eu fiquei pensando sobre essas creepypastas.

Sempre em mente que elas eram falsas, eu ainda iria pensar sobre elas.

Com a música de Lavender Town em minha mente e as fotos de Ben na frente dos meus olhos, eu quase me tornei louco. Tentei ignorar um pouco, por isso desci para verificar a geladeira (eu gosto de comer quando estou entediado). Eram 10:53 da manha e para minha surpresa a campainha da porta tocou. Porque a cozinha é bem perto da porta de entrada, não demorou muito tempo para ir para lá. Eu abri a porta, mas ninguém estava lá. Exceto uma coisa. Uma coisa que provavelmente foi a mais terrível da minha vida. A carta.

Antes de eu ir para dentro com a carta, mais uma vez eu verifiquei se realmente não havia ninguém lá. Eu até gritei se havia alguém lá, mas nada, ninguém respondeu. Voltei para dentro. Entrei na sala com a carta e abri-a.

Ele dizia: "Eu sou a pessoa que olha pra você. Eu sou a pessoa que você segue. Eu sou a pessoa que te odeia. Eu sou a pessoa que vai te matar hoje. Você é a pessoa que eu vejo Você é a pessoa... que eu sigo. Você é a pessoa que eu vou matar hoje. " Ele foi escrito em vermelho escuro. Parecia sangue, mas eu disse a mim mesmo que era apenas tinta.

Eu pensei que era apenas mais uma piada "engraçada" que os meus "amigos" tentaram puxar em mim, então eu ignorei. Mas eu não sabia que ia chegar tão longe.

Depois que eu li, eu subi as escadas, e eu continuei fazendo as coisas que eu tenho feito da outra vez. Por volta das seis horas, eu tenho fome de novo, e desço para me jantar. Como eu estava preparando o jantar, eu vi algo realmente assustador lá fora. Alguém estava atrás da garagem, só olhando para mim. Eu mal podia vê-lo, porque não havia luz onde ele estava. Mas você pode ver claramente seus olhos brilhantes brancos, que refletiam a luz da lâmpada da cozinha. Eu estava com medo. Eu revirei de rolo de utensílios e pegou uma faca da gaveta para o caso.

Enquanto comia o jantar na sala, eu vi a cara de novo, olhando-me do jardim. Como que diabos ele chegou lá? De qualquer forma, eu chamei a polícia para virem a minha casa, assim eu talvez pudesse conseguir afastar essa fluência da minha propriedade.

Cerca de 7:51, quando eu terminei de comer alguém bateu na minha porta. Eu podia ver os uniformes azuis (moro na Alemanha, como você sabe), e através de uma porta de vidro. Abri, e disse aos policiais, exatamente o que aconteceu.

Eles deram uma olhada em volta da minha casa por cerca de 20 minutos. E não encontraram ninguém. Pedi desculpas a eles, por ter "perdido" o seu tempo.

Depois disso, eu subi de novo. Eu ouvi ruídos de baixo. Primeiro, uma porta se abriu e então algo começou a subir as escadas. Corri para a porta e tranquei-a no medo completo.

Agora, eu ouvir a respiração pesada na frente da minha porta. Às vezes, "ele" também diz que sabe que estou aqui. Às vezes, "ele" bate na minha porta ou chuta minhas paredes.

Eu não tenho um telefone. Eu não tenho nada para me proteger. Eu não tenho nada que poderia me salvar desta situação. Eu vou morrer.

A última coisa que eu vou fazer é enviar esta ( carta ) ao meu amigo, Robin.

Robin, se você ler isso, poste isso na net

-Nick "


Eu não tenho notícias dele desde então. Eu não sabia o que "Creepypastas" eram, mas eu pesquisei isso. Encontrei este lugar, por isso vou postar aqui. Eu não sei o que aconteceu com ele, mas eu espero que ele esteja bem.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

RUN.avi


bom pessoal,traduzi mais uma creepypasta exclusiva,tem sugestões de traduções?peça nos comentarios ou pela xat box mesmo.enfim espero que estejam gostando das minhas traduções e que estejam no mínimo compreensiveis!

Então, eu estava olhando uns arquivos aleatórios em um site, e encontrei um chamado "RUN.avi". Não havia descrição para o arquivo, nem todos os downloads tinham. Eu decidi fazer o download, para ver o que era. Depois que baixou, olhei para o arquivo, e foi nomeado como "RUN.avi". Eu cliquei sobre ele e isso foi o que vi.

O vídeo começava com um cara correndo pela floresta à noite. Ele estava realmente ofegante, e começa a dizer "Puta merda, puta merda, puta merda!". Isso se prolonga por alguns segundos e, em seguida, do nada, alguém a distância é ouvido gritando e gritando: "Seu maldito pedaço de merda eu vou te matar lenta e dolorosamente!" Em seguida, a voz começa a gritar muito estranhamente. Aquela foi muito profunda e semelhante a um demônio.

Por esta altura, o Sobrevivente começa a soluçar baixinho, e começa a dizer: "Oh, Deus, não, por favor ... Por favor!" Os passos e gritos à distância começavam a ficar mais altos e pertos. Toda vez que eles soavam, o Sobrevivente começou a chorar ainda mais alto. Finalmente, todos os ruídos pararam, e o Sobrevivente parou. Ele estava prestes a se virar, mas quando fez, uma mensagem de erro surgiu na minha tela e disse: “Arquivo corrompido" Eu estava meio decepcionado, porque eu queria ver o que estava atrás dele.

Bem, depois de um tempo eu consegui o arquivo corrigido e este é o resto do vídeo:

Quando o homem se virou, algo rapidamente saltou contra ele. O Sobrevivente cai na câmera, e pode-se ver o corpo de outra pessoa gritando a distância. O homem começa a dizer: "Você acha que poderia me superar seu pedaço de merda? HUH!?" Notei também que sua voz foi distorcida, então eu acho que alguém editou o vídeo. O Sobrevivente disse: "Não, por favor não, me deixe em paz ... Por favor ..." O outro homem começa a rir, e O Sobrevivente diz: "Espere, o que você vai fazer! Oh Deus, por favor não" Em seguida dava para ouvir algo sendo arrancado. O Sobrevivente começa a gritar, bem alto.

De repente, o vídeo fica estático. Eu pensei que ficaria assim até o final, mas depois alguém pegou a câmera, com a respiração muito difícil. E eu, então, sabia que a pessoa que segura à câmera não era o Sobrevivente, era o homem que o perseguia. Ele finalmente coloca a câmera para seu rosto, e ... seu rosto ... Era horrível. O rosto do homem estava horrivelmente desfigurado, ele começava a sorrir para a câmera. Ele então puxou a câmera longe de seu rosto e mostrou uma pessoa, pendurada em uma árvore (ainda na floresta), com os braços cortados. E percebia-se que o homem pendurado na árvore foi o Sobrevivente.  Então se começa a ouvir o riso do homem, e em seguida, o vídeo termina.

Fiquei chocado depois disso, eu fui para o meu banheiro para vomitar algumas vezes, e voltei. Quando eu saí do vídeo, houve um novo arquivo, ele foi chamado: "SMiLe.png" Eu abri-o e era o homem sorrindo no vídeo. Essa imagem ainda me assombra hoje. Eu o vejo em meus sonhos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

DO INFERNO


Você tem medo de morrer? Ou tem medo do que vem após a morte?

Posso lhe contar sobre o inferno, se você quiser ouvir. Quer saber se é um lugar feio? Aqui existem lugares lindos também, iguaizinhos ao paraíso. Mas acho que servem apenas como lembrança, para você saber o que perdeu, sei lá. O que faz do inferno o pior de todos os lugares é a repetição. O inferno é pura repetição.

O que eu quis dizer com isso? Bem, você fuma? Então, seria melhor considerar parar, você não imagina o que é passar a eternidade com um cigarro colado aos lábios, ou inalando uma fumaça fétida que te corrói lentamente, te matando de novo e de novo, incontáveis vezes. Aqui sofremos punições de acordo com nossas culpas, parece ser uma coisa justa até, sabia? Aquele florentino maldito, il sommo poeta, estava certo sobre um monte de coisas.

Quem eu era antes de estar aqui? Pouco importa. Eu também não fiz grandes coisas para merecer este lugar. Lembro-me de ter sido declarado um Fornicador e essa foi minha ruína. Mas até que foi ameno, pois sei que os pervertidos sexuais sofrem mais que eu. Eles gritam o tempo todo, é horrível.

E aquela história de suas tripas serem devoradas por monstros, você ser açoitado por chicotes e tridentes, arder em chamas brandas até o fim dos tempos? Calma, não se preocupe, isso não existe. As coisas são piores. Por exemplo, dia desses encontrei por aqui uma menina linda, linda mesmo. Só que a pele dela era azulada, as unhas roxas, os olhos levemente saltados das órbitas, e, coitada... ela não conseguia guardar a própria língua dentro da boca! Triste sina para uma suicida.

Fui humano um dia, sim. Era um Fornicador, como já citei antes. Ganhei esse singelo apelido de meus novos amigos, se bem que às vezes até parece ser um título, sei lá. Era um senhor rico, cheio de posses, numa época de superstições, lendas e ignorância.

Eu era rico o suficiente para ser abençoado pela igreja, e assim ela fazia vista grossa para minhas excentricidades. Fui muito feliz na minha vida terrena, com um baronato, status e todas as mulheres do mundo conhecido. Meu feudo era vasto, próspero e continha várias aldeias de camponeses que me prestavam a corvéia, ou seja, trabalhavam de graça em minhas terras em troca de sobrevivência. Sim, sim. Bons tempos! Mas o diabo dá com uma mão e toma com a outra.

Era uma noite muito quente, quando eu vi uma agitação fora dos muros de minha casa, na floresta dentro de meus domínios. Despachei meus homens para investigarem o que acontecia, pois vi algumas fogueiras acesas.

Quando eles voltaram, me informaram do casamento de uma dócil camponesa e que os noivos estavam comemorando. Questionado por mim, meu homem de confiança respondeu que ela era muito bonita. A luxúria dentro de mim se retorceu, sussurrando "jus primae noctis".

-Traga essa mulher para meus aposentos. Ela será minha, antes de ser do esposo.

Ele engasgou seco, e partiu para cumprir minha ordem. Até pensei em acompanhá-lo, para ver pessoalmente a indignação dos camponeses mas isso seria grosseiro até mesmo para alguém com tantas falhas de caráter como eu.

Em menos de vinte minutos, eu estava admirando a jovem camponesa. O olhar furioso a deixava ainda mais bela. Devia ter entre dezoito e vinte anos. Era loura, de pele dourada de sol e mãos pequenas, porém calejadas do trabalho diário. Tinha algumas cicatrizes pelo corpo, e um jeito rude e dócil ao mesmo tempo de se mexer. Um enigma.

-Sabe que posso desvirginá-la antes de seu marido, não? É um direito meu. Sou dono de todos vocês.

-O senhor pensa que pode tudo. Tolo. Não sabe com o que está se metendo. Farei seu jogo, mas sua alma pagará por isso. O verdadeiro sofrimento não está nesse mundo, e sim no próximo!

Eu não temia mais aquelas ameaças vazias de camponesas. A maioria delas se diziam bruxas e que me amaldiçoariam, mas nunca nada me aconteceu. Certa vez uma delas me rogou toda uma litânia de pragas e maldições mas, quando pendurada na forca, pediu clemência se mijando toda.

-Tire as vestes.

Estranhamente, ela não tirou. Ao contrário, veio para cima de mim e começou a tirar as minhas, impaciente.

Quando eu estava totalmente nu e com minha masculinidade exposta, a fúria inicial dela transformou-se em docilidade. Ela enfim começou a se despir. Tinha mais cicatrizes escondidas. Mas a visão daquele belo corpo nu, da penugem macia entre as coxas, loura como seus cabelos, os seios médios, como duas peras no ponto e as pernas bem torneadas me excitaram. Minha ânsia de entrar por aquelas coxas e rasgar sua virgindade me cegava para todos os avisos de que algo estava completamente errado.

-Venha meu senhor. - ela me convidou para a posição missionária, deitando-se na cama e abrindo as pernas.

O sexo naquela época era bem mais simples, o homem apenas se concentrava em penetrar e se satisfazer. No meu caso, as mulheres se maravilhavam com meu dote e com o tempo que eu resistia durante o coito.

Porém antes que eu a penetrasse, a mulher me segurou como nenhuma outra fizera antes e ajoelhou-se de maneira profana. Sentia a respiração quente em minha genitália quando ela sussurrou, quase um gemido:

-Pense em mim como um anjinho tocando a flauta celeste, meu senhor.

Nenhuma mulher antes tinha tocado minha intimidade daquele jeito. Existe uma clara diferença entre você mandar uma mulher fazer algo e ela fazê-lo espontaneamente. Ela chupava como uma fruta madura, segurava firme os bagos, e fazia movimentos tão úmidos quanto excitantes com a boca. E o barulho daquilo? Nunca sentira nada igual. Por um momento, meu poderoso garanhão que aguentava firme por horas quase se entregou. Estava quase indo naquela boca, e parecia ser aquilo mesmo que ela queria, pelo olhar com que me encarava de baixo para cima. Enxerguei nesse momento que ela tinha duas grandes marcas que cortavam e desciam pelas costas, o que me causou estranhamento.

Segurei firme os cabelos louros, afastando aquela boca faminta de mim. Ela grunhia, e me puxava pelas pernas para penetrar a boca quente e ávida novamente. O mundo perdeu o sentido por um instante louco, e eu deixei que ela sugasse tudo.

Nem um minuto se passou quando me acabei, molhando sua boca, queixo e todo seu rosto, que se deliciou. Era muito estranho comportamento para uma simples camponesa. Mas o calor da cama me fazia esquecer o raciocínio. Ordenei que lavasse o rosto antes de me cavalgar como Lilith, e ela atendeu prontamente. Eu precisava de tempo para recompor minha virilidade.

Podia ser impressão, mas algumas cicatrizes dela sumiram, enquanto sorria. Lavou o rosto, engoliu água em grande quantidade e gargarejou, cuspindo pela janela. Quando ela se encaixou em cima de mim, disse, sorrindo:

-Nunca experimentei um tão grosso, grande e leitoso como o seu. Esses camponeses que o senhor explora são fracos, mínimos, pequenos. Quero ver o quanto ainda me dará.

Estranhei o fato dela não ser mais virgem. Geralmente esses camponeses guardam as filhas com cintos de castidade, vigilância cerrada e medo católico. Sexo oral era sexo antinatural, ela poderia ser punida com uns bons seis anos de jejum por aquele ato obsceno. Por que essa era tão diferente? A maioria das mulheres de meu tempo só praticavam o sexo vaginal, ficando sempre por baixo e no escuro. Não podiam ver a nudez do outro. Eram frias como peixes mortos, apenas abriam as pernas, raramente se mexiam, ou falavam algo durante o coito. Ela não! Rebolava, gritava, arranhava minha carne, me falava e pedia coisas que só de ouvir sentia vontade de inundá-la com meu caldo.

Foi quase uma hora. Eu suava muito, ela estranhamente não. Só mantinha um ritmo em cima de mim. Lambia meus dedos, depois segurava minhas mãos e com elas apertava os seios duros, me guiava em toda a extensão daquele corpo torneado. Para quem me amaldiçoaria, ela estava sendo muito amável.

Mas o diabo mora nos detalhes. Enquanto eu a sodomizava - a posição da Besta, a posição dos animais - pensando que qualquer padreco me excomungaria por aquilo, vi claramente as marcas das costas dela sumirem bem diante de meus olhos perplexos. Um pânico instintivo me fez gritar e jogá-la fora da cama!

Porém caí na cama, enfraquecido, e me vi incapaz de ao menos andar. A mulher veio rastejando novamente para mim, um sorriso diabólico nos lábios, o brilho no olhar quase que dizendo "Ainda não acabei".

Me excitava novamente, e tirava tudo o que podia de minha masculinidade. Fazia loucuras que eu nunca tinha experimentado. Sua língua era como o chicote de um demônio, serpenteando em meus mamilos, descendo para meu umbigo e enfim se deleitando em meu membro.

Desfaleci. Não sei por quanto tempo apaguei, mas quando abri os olhos após o merecido descanso, um homem estava ao meu lado na cama. Sim, um homem!

Tentei levantar, entender o que acontecia, mas ainda me sentia fraco e debilitado. Olhando direito, parecia-se muito com a camponesa. Era idêntico, de fato. Dormia um sono agitado, e eu vi as mesmas cicatrizes no corpo dele.

Antes que minha mente trabalhasse meu aposento foi invadido. Inquisidores. A igreja, faminta por bens, tinha enfim descoberto um barão da luxúria para espoliar. Tudo demorou poucas horas. Me torturaram, mutilaram minha genitália, e meus dedos foram quebrados em nome de Deus, pois eles queriam uma confissão. Eu não cometi pecado algum que não a luxúria, e me mantive em silêncio. Lembrei das palavras da camponesa. A maldição.

Trouxeram o motivo de minha desgraça à minha frente, presa. Era a mulher, também mutilada de tanto apanhar. Ouvi dizerem que se tratava de um demônio chamado de Succubus, ou Incubus. Ele me seduziu na forma de mulher, e após manter relações sexuais comigo, se fortaleceu, enquanto eu me enfraqueci. Após o ato, ele se transforma em homem, até que tenha relações sexuais novamente e volte a ser mulher, e assim indefinidamente vive trocando de forma. Também foi dito que se alimenta de energia sexual.

-Mas, se fez sexo comigo e virou homem, com quem mais fez para voltar a ser mulher?

Nenhum inquisidor me respondeu. Ao contrário, queimaram minha língua com brasas quentes. A pergunta pelo jeito tinha sido delicada demais.

Naquele entardecer três forcas foram erguidas em meu feudo. Uma para mim, outra para a succubus que me possuiu e a terceira, provavelmente para o coitado que transou com o demônio depois de mim. Estávamos em celas separadas, apenas esperando nossa hora chegar.

Ao anoitecer, todos os aldeões estavam à minha frente. Eles riam, me vendo com a corda no pescoço. Ao meu lado, um inquisidor também surrado, pendurado, e na terceira forca, a mulher-demônio. Não parecia nada poderosa agora. Sua arena era no sexo mesmo, onde impunha sua vontade insidiosa e sua força.

O inquisidor começou por ela. Apesar de saber que se tratava de um demônio verdadeiro, preferia pensar que era uma mulher comum possuída. A ladainha começou, enquanto ele a forçava beijar um crucifixo bento:

"Sit haec sancta et innocens creatura, libera ab omini impugnatoris incursu et totius nequitiae purgata discessu. Sit fons vivus aqua regenerans, unda purificans: ut omnes hoc lavacro salutifero diluenti, operante in eis Spiritum Sancto, perfactae purgationis indulgentian consequantur. Unde benedicto te, creatura aquae, per Deum vivum, per Deum verum, per Deum Sanctum: Per Deum qui in principio verbo separavit ab arida: cuius spiritus super te ferebatur."

No fim do exorcismo a mulher cuspiu no Inquisidor. O velho de rosto pétreo ordenou que tirassem o apoio dela, e o demônio pendurou-se pelo pescoço. Gritou blasfêmias e babou, tentou segurar-se, recusando-se a deixar essa Terra. Diante de tanta demora, o velho decidiu que seria melhor queimá-la.

Ganhei mais meia hora de vida, enquanto os inquisidores arrumavam montes de palha embaixo de mim e do outro condenado. Este, aliás, talvez por ter sido um inquisidor como eles, teve uma morte rápida e menos sofrida. Nem chegaram a acender o fogo para ele. Ainda bem, já que o cheiro da mulher até hoje incomoda minhas narinas. Odeio carne queimada.

Eu ainda ouvia os estalos da fogueira da succubus quando o crucifixo foi encostado em meus lábios. O velho me olhou com desgosto e começou a oração novamente. Quando terminou, perguntou sério:

-Você se arrepende de seus pecados perante a igreja, homem?

Minha morte não seria diferente se eu tivesse dito outras palavras. Disse-lhe que não havia cometido pecado algum diferente de minha natureza, lembrei-o do meu baronato e dos meus generosos donativos à igreja que ele tanto prezava, e sorri.

Ele me sorriu de volta, mas também chutou meu apoio. Foi tudo rápido. Dizem que toda a vida passa ante seus olhos no momento derradeiro da morte, mas eu só consegui lembrar de todas as mulheres que possuí na vida, antes da ossatura do meu pescoço quebrar. Minha espinha rompeu e eu escorreguei para a inconsciência, nem senti as chamas me queimando.

Quando acordei novamente, ganhei lindas asas de anjo negro. Sou um Fornicador, e aqui é onde vivo. Pense nisso.

Talvez você esteja se perguntando o que faço no seu sonho...? Eu estou sempre com você. Principalmente quando está fazendo sexo. Sei de todos seus desejos mais íntimos. Seus sonhos, fantasias e perversões. Apenas hoje você descobriu que existo porque eu decidi me mostrar.

Ah, como cheguei até você?

Bem, os fornicadores eu sinto pelo cheiro. Sempre que alguém deseja um parceiro que não é seu, um homem ou uma mulher alheia, lá eu estarei. Sei tudo sobre fantasias negras, sobre desejos escondidos, sobre traição e culpa.

Hoje em dia não existe mais a inquisição. Vivemos numa época cínica, e eu adoro isso. Os culpados fingem ignorância. O pecado se alastra das mais doces maneiras.

Mas, chega de devaneios. É hora de você acordar. Pense bem no que anda aprontando de sua vida...


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Choke.exe

certo pessoal,traduzi mais uma creepypasta,se vocês quiserem que eu traduza alguma em especial,basta pedir aqui nos comentários e eu estudarei o caso

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Bem, eu não tenho certeza por onde começar.
As últimas semanas têm sido muito duras para mim. Eu perdi minha mãe na última primavera para o câncer, que causou uma grande tristeza entre a minha família. No entanto, o meu pai levou-a pior. Ele nunca foi o mesmo depois da morte da mãe. Ele se trancava em sua casa, sozinho, fugindo do resto do mundo. Fugindo de mim. Era estranho. Ao longo de toda sua vida, ele sempre foi assim afastado.  Minha mãe, minha irmã, e eu éramos tudo o que ele tinha. Agora que minha irmã mais velha tinha crescido, casado e se mudado, eu acho que eu era tudo que ele tinha agora.

Duas semanas atrás
 
Uma semana depois
Dia Atuais
Eu recebi um telefonema. Eu estava no 4Chan, um site de imagens infames, lendo comentários em um daqueles tópicos " You Laugh, You Lose". Ugh, Se afastando longe do tópico. Tendo ficado na frente do meu monitor por horas em um silêncio morto, fui pego de surpresa quando o meu toque,  " Believe it or Not" do Joey Scarbury, soou a partir dos pequenos mas poderosos alto-falantes do meu telefone. Eu quase saltei da cadeira. Peguei meu celular, e verifiquei o identificador de chamadas. Era o hospital local, ligando para me dizer que o meu pai tinha se matado.
Minha irmã veio para o funeral. Foi bom vê-la novamente depois de todos esses anos, mesmo que fosse em circunstâncias adversas. Ela não levou o babaca do marido com ela. Nós compartilhamos alguns abraços, falamos sobre o falecido por um tempo, e então ela seguiu seu rumo.
Sua casa, e todo o seu conteúdo, foi dado a mim. É desnecesario dizer que foi um bom passo, de um quarto para meu apartamento. Eu decidi ir bisbilhotando o meu apartamento novo no dia seguinte, talvez limpar o lugar um pouco. Honestamente, eu não tinha idéia do que eu iria encontrar lá. Pelo que eu sei, ele tinha perdido todo o senso de pudor, após a morte da mãe. Eu meio que esperava ver merda manchada em todas as paredes, juntamente com mobiliário destruído.
Eu estava na porta da frente. Ao pegar a maçaneta da porta, uma sensação instantânea de pavor superou meu corpo. Eu gelei. A idéia de estar na mesma sala que meu pai havia se enforcado. Eu balancei a cabeça e engoliu meus sentimentos perturbados. Eu respirei fundo, me preparando. Fechei os olhos e abri a porta...
A porta da frente me leva para um corredor que se dividia em duas direções. Na minha frente havia uma porta, que leva para o banheiro. Para a direita era a sala de estar. Esperando o pior, eu virei a esquina... Para minha surpresa, tudo estava em bom estado. Eu fiz a varredura da área. Havia poucos sofás ao redor de um aparelho de televisão de aparência antiga. Meu pai nunca tinha sido tecnológico. O que me chamou a atenção, porém, foi o grande lareira perto da sala de estar. Eu não lembrava disso. Certo, eu só tinha estado na casa de um punhado de vezes antes, mas isso não estava aqui antes. Agora, a lareira não é exatamente o que me chamou a atenção. Era o que foi montado acima dela.
Foi um grande retrato emoldurado pintado de minha mãe, rodeado de velas na lareira. Algo apenas parecia um pouco fora do comum. Ela tinha um sorriso condescendente em seu rosto, como se dissesse: "Eu sei algo que você não" Mais uma vez, aquela sensação estranha. Eu realmente me senti como se eu não deveria estar naquela casa. Sendo o idiota que eu sou, eu decidi ficar lá por mais algum tempo. Se aventurar na cozinha, bisbilhotar. Os armários estavam cheios de conjuntos novos de pratos, e a geladeira estava cheia de nada alem de cerveja e água. Bom e velho pai.
Um pensamento passou pela minha mente. Eu deveria verificar o quarto principal, o quarto onde ele se enforcou. Eu empurrei de volta todos os sentimentos incertos que eu tinha, e começou a ir em direção aos fundos da casa. A porta do quarto de meu pai estava ligeiramente aberta. Nós no meu estômago crescendo sempre tão apertados, e eu lentamente empurrei a porta entreaberta. As dobradiças soltaram um rangido horripilantemente alto. Eu não tinha idéia de por que eu estava sendo tão quieto. Eu me esforçava para me convencer de que eu era a única pessoa na casa. E as borboletas no meu estômago se recusavam a ir embora.
O quarto principal era normal. Tudo parecia claro, eu dei alguns passos, enquanto analisava a área. Havia uma mesa de cabeceira ao lado direito de sua cama, seus óculos estavam descansando em cima, aparentemente intocados. Ele nunca gostou de usá-los, disse que o fazia parecer um "sissy-boy" (afeminado). À esquerda da sala tinha uma porta. E alguma coisa, eu não sei o que, me atraiu para esta porta. Eu queria abri-la. Não. Eu precisava abri-la.
Fazendo meu caminho até a porta misteriosa, fiz questão de ficar quieto. Mais uma vez, não me pergunte porquê. Eu me senti como se eu estaria perturbando algo se eu fizesse barulho. Mordi o lábio inferior, colocando a mão na maçaneta. Eu estava tremendo por antecipação. Fechei os olhos, e contando a partir de três, rapidamente abri o armário ...
Casacos. Lotes de casacos. Algumas calças e sapatos também. Era uma caminhada comum ao armário. Eu levei um suspiro, aliviado, mas secretamente desapontado... até que eu vi. Algo brilhante no chão. Ajoelhando-se, eu mudei algumas caixas de sapatos fora do lugar. E era uma alça de bronze, aparafusada ao chão.Eu também tinha notado um aumento no piso acarpetado. Era uma pequena escotilha, que levava para o porão. Meu coração disparou. O que poderia ser lá?
Meu desejo para a aventura tinha conseguido o melhor de mim. Sem pensar, peguei a alça de bronze e abri a escotilha. Olhei para dentro. Estava escuro. Todos os meus instintos foram contra o que eu estava prestes a fazer, mas ignorei completamente.
Eu pulei dentro.
Felizmente, não era uma grande queda. Eu era capaz de me puxar para fora se fosse necessário. O porão estava escuro, e extremamente empoeirado. Pescando no meu bolso, tirei meu Zippo. Levei algumas tentativas, mas finalmente consegui uma chama constante para iluminar pequena parte do quarto. Foi quando eu vi a última coisa que eu já esperava ver no porão da casa de meu pai. Um computador. Sentado à beira do quarto estava uma pequena mesa, teclado, mouse e um monitor. Uma dessas cadeiras de plástico brancas foi empurrada para a mesa.
Curiosamente, eu caminhei até ele. O computador parecia novo, como se nunca tivesse sido usado. Isso não poderia ser do meu pai. Por que ele teria um equipamento bom como este no porão? Puxei a cadeira frágil da mesa, e me sentei em frente ao monitor. Eu cruzei meus dedos, inclinou-se, e tentou arrancar o computador. Eureca, funcionou. O logotipo de boot do Windows 7 apareceu na tela. Mais uma vez, pareceu-me estranho que o meu pai era dono de um ótimo e caro computador. Ele me pediu para selecionar um usuário. Havia apenas um.
"DECEPÇÃO"
Um calafrio percorreu minha espinha. Decepção? Por que ele iria nomear seu perfil como “Isso” ?  Eu cliquei nele. Ele me pediu uma senha. Eu sorri, e digitei "Cheyenne". O nome da minha mãe. Inclinei minha cabeça para o lado. Algo estava errado. Seu fundo de tela era preto sólido. Não houve Bar Iniciar, e havia apenas um ícone. No meio da tela era um único arquivo executável.
"Choke.exe"
Minhas mãos tremiam. Eu não tinha idéia do que estava fazendo, e por que eu vim ali, em primeiro lugar. Eu queria voltar para o conforto do meu apartamento. A curiosidade não me deixou. Eu não consegui me controlar. Quase contra a minha vontade, eu parei o cursor sobre o ícone e dei um duplo clique.
A tela piscou. Eu percebi que havia algo errado com os cabos. Eu estendi minha mão atrás da máquina, para checar os fios.
Impossível. Não havia nada plugado.
O computador emitia um zumbido agudo, quase como se estivesse trabalhando sozinho em algo muito difícil. Tons de azul, vermelho, verde acendiam e apagavam no monitor. Os zumbidos do  computador se tornavam mais e mais alto, aumentando de intensidade a cada segundo. De repente, tudo ficou quieto novamente. Eu olhei para a tela. Houve um ponto vermelho bem no meio e por baixo um texto, simplesmente dizendo, "Decepção".
Meu coração estava batendo no peito. Tudo tinha chegado a um impasse. Eu relaxei, para o que parecia ser alguns segundos. Até que eu ouvi. O som de uma respiração pesada, e passos atrás de mim, chegando mais perto. Eu não ousava olhar para mudar meu olhar do monitor.
Os passos pararam. Quem, ou o que estava atrás de mim, se inclinou. Sua boca foi bem próximo ao meu ouvido.
Eu ouvi um sussurro de voz familiar,
"Choke".
Com grande força, uma corda foi enrolada no meu pescoço. Eu gritei mais alto que pude. A corda estava me sufocando, eu tinha sido puxado para trás da cadeira. E não conseguia respirar. Meu pescoço estava dolorido. Minha visão começou lentamente a desaparecer devido à falta de oxigênio. Eu ia morrer. Amordaçado, algo arranhou meu pescoço.
Não havia nada lá.
Eu estava com minhas mãos e joelhos, ofegantes por ar. Minha visão voltou, eu me levantei e cambaleei ao redor, tentando recuperar meus sentidos. Eu estava na sala, em frente à lareira. Olhando para mim era o retrato da minha mãe, olhando para baixo, para mim, com aquele sorriso condescendente.
Enquanto me sento aqui escrevendo isso, no meu apartamento de um quarto sujo, eu posso honestamente dizer,
"Não há lugar como o lar".

Eu não tenho nenhuma idéia de que diabos aconteceu.
Honestamente? Eu não quero saber.
Tudo o que eu tenho certeza, é que eu nunca vou pôr os pés naquela casa novamente.

Olhe para a câmera







Eu me mudei para minha casa há cinco anos. Nos últimos dois anos, houveram coisas estranhas. Tudo começou em outubro de 2004. Notei passos estranhos, mas dei de ombros, pensando que havia provavelmente uma explicação para eles. Meu filho de dezesseis anos, Michael, dormia no quarto andar de baixo enquanto sua irmã e eu temos nossos próprios quartos no andar de cima.


Eu acordava de manhã com Michael dormindo no chão do meu quarto. Ele, a princípio, ouviu barulhos estranhos e logo viu sombras em movimento em toda a sala. Ele veio correndo de seu quarto um dia, porque um plug voou da tomada. Eu coloquei a culpa nas falhas elétricas. Ele sentiu algo roçando nele também.


Eu namoro Mike há um ano e agora se ele mudou para cá em abril. Na primeira noite, Mike não conseguia dormir com o barulho de alguém se movendo para cima e para baixo nas escadas. Ele sempre olhava, mas nunca havia nada lá. Ele sempre dizia: "Você ouviu isso?" Eu estava acostumada a ouvir isso.


Quatro meses atrás, Mike estava sentado em frente ao computador ao lado da porta do quarto de Michael e ele pulou de dor. Ele levantou a camisa e encontrou um arranhão profundo em seu estômago. Não havia instrumentos cortantes sobre a mesa e nenhuma explicação possível para isso. O computador sempre agia estranho com ele, mas não com ninguém mais na família. Eu também estou notando sombras com o canto do meu olho e tento dizer que é minha imaginação.


Estávamos deitados na nossa cama há duas semanas assistindo TV. Eu deitada mais próximo da porta e vi uma sombra que ia para o quarto da minha filha. Mike levantou-se e disse-me que também viu. Pela primeira vez, eu estava completamente apavorada. Eu tive de dormir no outro lado da cama.


Tudo foi esquecido, mas há dois dias Mike estava sentado em frente ao computador novamente, segurando um pedaço de papel de desenho em seu colo. O papel bateu no seu olho de alguma forma e tirou um pedaço de sua córnea. Ele foi internado no hospital e está com muitas dores. Ele não pode explicar como o papel bateu no olho do ângulo que ele estava segurando no colo, mas sabemos que, mesmo que ele tentasse fazê-lo em si mesmo, seria impossível.


No início, eu pensei que era apenas um fantasma do tipo travesso, mas agora eu estou começando a ficar muito preocupada com essa coisa de agredir meu parceiro. Não é mais travesso, mas mal. Eu me pergunto se ele é a sombra que sempre esteve comigo, que eu sempre vi com o canto do meu olho ... ou se é algo que já estava na casa.


Duas semanas atrás, meu filho veio gritando do banheiro dizendo que ele tinha visto um rosto sangrento envolto em um lençol sujo. Ele se matou na sexta-feira e estamos todos abalados além de palavras.


Sua nota de suicídio, dizia: "Eu consegui mamãe. Olhe a câmera. "


Essa foi a foto que havia...




FONTE:Caçadores do medo