Knock
"O Último homem da terra sentou-se sozinho em um quarto. Ouvia-se uma batida na porta." (Knock)
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Olá pessoas, tudo bom com vocês ?
Desculpem não ter postado mais cedo, estava sacrificando um bode e o filha da mãe me deu um coice na cabeça. Fiquei com dor de cabeça o dia inteiro e só agora pude postar.Hoje apresento a vocês a historia que deu origem ao jogo Fatal Frame, depois de lê-lá eu senti uma nostalgia tão grande que tive que baixar um emulador só pra jogar o jogo.
Boa leitura
Desculpem não ter postado mais cedo, estava sacrificando um bode e o filha da mãe me deu um coice na cabeça. Fiquei com dor de cabeça o dia inteiro e só agora pude postar.Hoje apresento a vocês a historia que deu origem ao jogo Fatal Frame, depois de lê-lá eu senti uma nostalgia tão grande que tive que baixar um emulador só pra jogar o jogo.
Boa leitura
A franquia Fatal Frame é indiscutivelmente uma das melhores representantes do gênero survival horror. Muitas pessoas jogaram seus games e certamente se amedrontaram com o clima macabro, opressor e fantasmagórico da saga. Mas será que elas sabem de onde surgiu a inspiração para sua história? Você sabe?
Produzido pela Tecmo e lançado no dia 13 de Dezembro de 2001 no Japão e em Março de 2002para o resto do mundo, o primeiro game da série contava a obscura história de uma mansão abandonada habitada por almas de pessoas brutalmente assassinadas, que atacavam qualquer um tolo ou desavisado o bastante para entrar ou passar próximo ao local.
Entre as pessoas que ousaram entrar nessa mansão estava Mafuyu Hinasaki, um jovem escritor à procura de um amigo e ídolo seu, que por sua vez havia viajado até o casarão com sua equipe afim de fazer pesquisas para seu próximo romance, mas nunca retornou.
Dentro dela, Mafuyu viu-se preso em um pesadelo: o lugar era cheio de espíritos e de maldade. As almas penadas vagavam por todos os lados, alguns sem rumo, outros observando-o e muitos tentando matá-lo. Ele trazia consigo uma antiga câmera fotográfica que pertencia a sua família e, estranhamente, essa câmera tinha o poder de exorcizar os espíritos que apareciam diante dele.
Mesmo munido do artefato, Mafuyu também desapareceu. Sua irmã, Miku Hinasaki, partiu em sua busca e acabou chegando à mansão. Nela, encontrou apenas a câmera do jovem escritor, sem saber que aquela era uma Camera Obscura, um artefato poderoso criado há muitos anos atrás com o objetivo de capturar fotos de “coisas inexistentes” e expelir o mal.
A Mansão Himuro do game Fatal Frame
Em sua busca, Miku passou a desvendar a história daquela mansão e das almas que a habitavam. Não por acaso, o velho casarão ficava no terreno profano onde se escondia o próprio Portão para o Inferno. O local era o lar de uma antiga família que tinha como dever manter o portão fechado, impedindo que um terrível mal se abatesse sobre toda a Terra.
Para manter o portão fechado, rituais terríveis e sangrentos eram realizados, demandando sacrifícios de vidas humanas. Porém, o último ritual acabou falhando, causando a morte de toda a família e a abertura do portão, de onde uma poderosa força maligna escapou e condenou todas as pessoas e toda a região próxima.
A trama de Fatal Frame é rica e construída de forma a causar muito medo em quem joga. Esse terror fez com que o game se tornasse famoso por todo o mundo. Em seu lançamento, o jogo recebeu ótimas críticas e notas altas de revistas e sites especializados, além de criar uma grande quantidade de fãs. Um detalhe em específico fez com que fama do game fosse ainda maior: “Baseado em uma história real.”
No Japão, existe uma famosa lenda daquele que é considerado o mais terrível massacre da história do país, onde sete pessoas foram brutalmente assassinadas em um evento terrível. Muitos anos depois, coisas inexplicáveis que desafiam a realidade continuariam acontecendo no local onde o grupo morreu, um lugar que tornaria-se conhecido por todo o país: a famosa Mansão Himuro, também conhecida como a Mansão Himikyru.
Suposta foto real da Mansão Himuro
Segundo uma antiga lenda japonesa, em uma área montanhosa nos limites da cidade de Tokyo, havia uma grande mansão, circundada por outras três residências onde há muitos e muitos anos vivia a família Himuro. O fato do clã morar em uma região afastada não era por acaso. Cabia a eles uma sinistra missão que deveriam cumprir rigorosamente: Evitar que os Portões do Inferno, localizados em uma área oculta da mansão, se abrissem e um terrível mal escapasse.
Por gerações e gerações, a família realizou esse trabalho amaldiçoado, mantendo a si mesmos e a todos a salvo graças a um terrível ritual: O Ritual do Estrangulamento.
A família era praticante do Xintoísmo, a religião ou, mais precisamente, a espiritualidade predominante do Japão, junto com o Budismo. Ambas as doutrinas se unificaram nesse país, expandindo suas crenças pacíficas e de purificação da alma, adoração à natureza e o caminho para Kami, Deus.
Fantasma de Fatal Frame
No entanto, os misteriosos membros da família Himuro realizavam práticas consideradas obscuras do Xintoísmo, rituais esses que são mantidos em segredo absoluto para todos os demais. O chamado Ritual do Estrangulamento era o evento mais importante para toda a família.
Reza a lenda que, a cada 50 anos (ou uma quantidade próxima de meio século), os Portões do Inferno ameaçariam se abrir e só havia uma maneira de impedir que isso acontecesse: O chefe da família devia escolher uma bebê menina de sua própria família para ser isolada do mundo antes de passar por um rito tenebroso… Imediatamente após ser escolhida, a criança era trancada sozinha dentro de um quarto da mansão.
Ela deveria ser criada em total enclausuramento e jamais ter contato com nenhuma pessoa ou qualquer coisa pela qual pudesse gerar afeto ou outro sentimento, para que seu corpo e espírito permanecessem “puros”. Qualquer contato com o mundo exterior mancharia sua alma e o ritual não teria efeito.
Quando era chegada a época marcada, a garota, que recebia o nome de A Dama do Santuário das Cordas, era removida de seu quarto e levada até uma espécie de altar, onde seus pulsos, tornozelos e pescoço eram amarrados por fortes cordas. As cordas então eram amarradas a bois ou cavalos… e puxadas a toda força, cada animal puxando-as em uma direção diferente.
Puxadas, até que os membros da garota fossem arrancados violentamente do próprio corpo e ela perdesse a vida após um indescritível sofrimento.
Após o brutal sacrifício, as cordas usadas para desmembrar a Dama eram banhadas em seu próprio sangue até encharcarem e então presas diante do Portão do Inferno, selando-o assim por mais meio século e protegendo a família e todas as pessoas do mal supremo.
O Ritual do Estrangulamento
Porém, há cerca de 60 ou 70 anos, o último Ritual do Estrangulamento falhou. Próximo ao dia da realização do ritual, a garota escolhida para ser sacrificada viu um jovem rapaz pela janela de seu quarto e se apaixonou por ele. Com isso, sua alma foi manchada pela influência do mundo externo e o ritual foi arruinado. Diz-se que o jovem tentou libertar a garota de seu terrível destino, mas jamais conseguiu, pois quando o chefe da família descobriu sobre o amor da jovem, enlouqueceu totalmente.
Vendo que o ritual realizado por sua família a tantas e tantas gerações falharia, ele perdeu todo o controle, empunhou sua katana, a espada samurai japonesa, e assassinou todas as pessoas que estavam com ele. A jovem escolhida, o garoto de fora, sua própria família e qualquer pessoa que estivesse próxima foi morta pelos golpes da katana do homem enfurecido. E quando todas as pessoas jaziam mortas, depois de seus corpos serem mutilados e seu sangue derramado por toda a mansão, o chefe de família tirou a própria vida usando sua espada.
Dizem que, quando o chefe descobriu sobre o amor da jovem, ele temeu pelo sofrimento terrível que a família passaria uma vez que o mal escapasse pelo Portão e acabou matando a todos como forma de poupá-los de um fim pior. Não por arrependimento pelos assassinatos, nem por uma loucura incontrolável, ele se suicidou após a chacina para que também escapasse do terror que viria pelosPortões.
O Portão do Inferno – Fatal Frame
Por décadas, a população mantinha silêncio absoluto sobre o que havia acontecido na mansão e os acontecimentos posteriores. Após os terríveis assassinatos, muitas pessoas diziam que coisas estranhas passaram a acontecer na casa: marcas de mãos ensanguentadas eram vistas em várias partes, assim como feixes de sangue espirrado, como se tivessem escorrido da lâmina de uma espada.
Várias pessoas diziam que por toda a mansão era possível ver aparições de espíritos vestidos comkimonos (roupa cerimonial tradicional do Japão) brancos. Os fantasmas podiam ser vistos de noite e até mesmo em plena luz do dia. E havia mais um detalhe: Se uma pessoa fotografasse uma certa janela específica da mansão, seria possível ver claramente a imagem fantasmagórica de uma garota.
A lenda diz que os espíritos da família assassinada ainda tentam completar o antigo ritual fracassado, matando quem se aproxime da mansão. Os corpos dessas vítimas eram encontrados com marcas de corda em seus pulsos, tornozelos e pescoço.
Outros tinham um destino ainda pior: seus corpos eram totalmente despedaçados e seus restos mortais jaziam espalhados pela mansão e por um estranho labirinto de túneis que ficava abaixo dela. Ninguém sabe quem construiu o labirinto, muito menos qual era o seu propósito para a famíliaHimuro ou para o Ritual do Estrangulamento.
Fantasma de uma mulher morta por golpes de espada
Graças à essas histórias, as pessoas que viviam próximas ao casarão abandonaram seus lares, com medo de que o mal libertado e os espíritos amaldiçoados as atacassem. Com isso, a lenda do terror que se abateu sobre a mansão Himuro se espalhou por todo o Japão, até que, muitos anos depois, foi usada como base para a criação do game Fatal Frame.
Segundo o criador do game, Makoto Shibata, o primeiro título da série teve outras inspirações além da Mansão Himuro. Após a história que baseou Fatal Frame se espalhar mundo afora, Makoto comentou durante uma entrevista que o jogo também usou referências de duas outras lendas muito conhecidas no Japão. Ele jamais contou ou sequer mencionou, porém, o conteúdo dessas duas outras histórias.
Makoto também comentou em entrevista sobre a base do enredo de Fatal Frame, a mansão Himuro. Ele falou sobre o assassinato das sete pessoas, as marcas de sangue vistas nas paredes, os corpos daqueles que entraram na mansão, os misteriosos túneis e de outros detalhes intrigantes.
Nas próprias palavras de Makoto: “Uma estreita escadaria levava a um sótão onde rumores diziam que um talismã selado espiritualmente estava trancado. Homens buscaram este talismã, apenas para serem encontrados depois com seus corpos quebrados e marcas de cordas em seus pulsos. Há uma velha estátua desmoronada de uma mulher em um kimono, mas sua cabeça está perdida.”
The Crimson Sacrifice – Fatal Frame II
Há alguns pontos curiosos sobre a lenda, que vieram à tona após o sucesso do game. Aquela frase “Baseado em uma história real” fez com que muitas pessoas se interessassem na “verdade” por trás do enredo do jogo e de onde veio a inspiração para sua criação. E, como já é de se imaginar, muitos fãs pesquisaram sobre o assunto.
O primeiro game da série foi lançado em três versões diferente. A versão japonesa (e original), onde o game é chamado de Zero. A versão européia, a qual, graças a um erro de tradução, recebeu o nome de Project Zero. E a versão americana, chamada Fatal Frame. O termo “Fatal Frame” se referia a um ataque especial do game em que, quando o jogador tira a foto de um fantasma em um momento exato, o poder da câmera consegue exorcizar o fantasma instantaneamente. No Japão, o termo para esse ataque é “Zero Shot”.
Mas há uma outra diferença entre a versão americana para a japonesa e a européia: Somente a versão americana possuía a inscrição “Baseado em uma história real”. Os fãs entenderam essa diferença como uma estratégia de marketing da Tecmo para que o game tivesse um maior número de vendas nos Estados Unidos, porém o motivo dessa inscrição não estar contida nas outras edições, em especial a européia, não é conhecido.
Veja na imagem a baixo a capa americana do game com a inscrição:
Capa americana de Fatal Frame. Clique na imagem para ampliá-la
Como a inscrição aparece somente na versão americana, os fãs passaram a duvidar da veracidade da lenda da Mansão Himuro, crendo que no fim das contas aquela frase era pura propaganda e que a lenda pudesse nem mesmo existir. A própria dúvida também contribuiu com a fama do game e a busca pela “verdade” sobre a lenda, se era era ou não real, moveu fãs por todo o mundo.
Mas a lenda da Himuro Mansion realmente existe. Há décadas, a história dos terríveis assassinatos corre pela capital do país, Tokyo. A lenda já era contada por bisavós, avós e pais antes mesmo de chegar ao mundo dos games e é uma das lendas mais famosas do país, sendo considerada inclusive como o “pior massacre já registrado na história do Japão”, como já dito.
Por muito tempo, pessoas procuraram pela lendária mansão. Porém, ninguém jamais foi capaz de localizá-la e mesmo os que afirmam já terem visto a mansão, antes ou após a tragédia, não conseguem (ou não querem) indicar sua localização exata. A lenda conta que a mansão se localiza numa região montanhosa nos limites da cidade de Tokyo, porém cerca de um terço do território atual da cidade é composto por florestas e montanhas, o que torna quase impossível a procura pela mansão.
Mapa atual de Tokyo. A metade esquerda da área em verde é composta somente por florestas e montanhas
Um fator curioso é que não existe nenhuma espécie de notícia de jornal ou registro policial dos acontecimentos na mansão. As dúvidas cresceram ainda mais com isso, pois se a lenda aconteceu há cerca de 60-70 anos atrás, porque não há nenhum tipo de informação oficial da mídia ou mesmo da polícia? Essa pergunta gera grande debate entre aqueles que pesquisam sobre a tragédia.
Dada a falta de informações, a maioria das pessoas considera a história da Mansão Himuro apenas uma lenda e não um acontecimento real. Mas muitos também defendem que a falta de informações possa ser proposital. Devido à época em que aconteceu, as autoridades teriam mantido o caso em segredo para não causar temor na população, seja pelo terrível massacre ou pelo mal que a mansão abrigaria, pois, dada a religiosidades dos japoneses, a história do mal poderia ter uma repercussão muito negativa.
A conclusão da lenda em si também é bastante discutida. Diversas teorias foram criadas para tentar “explicar” tudo: Para alguns, a mansão existe, mas nenhum massacre ou maldição aconteceu. Para outros, os Himuro que não estava envolvidos no ritual conseguiram recuperar a posse da mansão. Além de pessoas que não acreditam que a lenda possa ter qualquer traço de realidade.
A Camera Obscura
Mas a lenda da Mansão Himuro ainda vive e, graças ao Fatal Frame, será lembrada pelo mundo inteiro. Ainda existem pessoas que procuram pelo local exato onde a mansão se encontra. Estudam mapas, buscam informações e talvez saem em expedição florestas adentro.
Se a lenda é de fato uma história real ou não, se o massacre realmente ocorreu ou se ao menos o lugar é real, não há confirmação. Mas para aqueles que a buscam, que creem na lenda e temem o mal que foi libertado, talvez seja melhor nunca encontrarem a terrível mansão – para não se juntarem aos inúmeros espíritos atormentados que buscam eternamente libertarem-se de seu sofrimento, revivendo o sangrento ritual que falhou, anos e anos atrás.
Se você não conhece, ou nunca jogou a série Fatal Frame, tente procurá-la: sustos e momentos de terror estão garantidos para aqueles que gostam de passar calafrios em jogos de survival horror e com certeza uma noite mal-dormida acompanha o game!
Ou que tal dar uma conferida em seus álbuns de fotos? Aquela mancha estranha que parecia ser um reflexo ou um desfoque pode não ser somente um erro na fotografia… Na dúvida, esteja bem atento ao visor de sua câmera quando for tirar uma foto, quem sabe isso não salve sua vida?
fonte: http://www.arkade.com.br/imagens/creepypasta-arkade-maldicao-mansao-himuro-historia-sangrenta/