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terça-feira, 21 de agosto de 2012
História Bizarra:Não faça perguntas que você não quer saber a resposta
Você sabe que nós estamos aqui. Somos a presença que força você a correr escadas a baixo como se os degraus fossem feitos de carvão quente. Somos a coisa que impede você de se virar para olhar para trás quando está andando em um beco escuro. Somos a coisa que faz você se esconder debaixo de seus cobertores. Achamos inútil. Poderíamos arrancar eles de suas fracas e amedrontadas mãos se quiséssemos, mas não queremos. Não agora. Se você continuar a fugir de nós, como deve fazer, nós não sentiremos a necessidade de pegar você. Ao menos não agora, de qualquer jeito. Mas se nos confrontar, tentar ser amigável ou qualquer coisa assim, vai ser arrepender profundamente. A única coisa que nos mantém sem querer pegar você é que nos divertimos brincando com você.
Se você tentar qualquer coisa estúpida como andar devagar pelos becos escuros com sua cabeça esticada procurando por algo, iremos encontrá-lo. E as pessoas que acharem seu corpo terão sorte se conseguirem algo que possam usar para lhe identificar.
Porém se você tentar algo a mais, algo mais arriscado, algo talvez como Jogo do copo, nós não precisaremos lhe achar. Pois coisas bem pior do que nós, com grandes olhos vermelhos brilhantes, vão pegá-los. Se lembra daquele caso de certa pessoa que sumiu após jogar e que a polícia disse ter fugido, depois disse ter ela como desaparecida e anos depois não acharam nem o corpo nem a pessoa? As criaturas que pegaram ela não mostraram tanta misericórdia como nós mostramos, e como poderiam? Estariam ocupados demais, pegando os pedaços quentes e grudentos de sua carne dos dentes deles.
Então da próxima vez que você ficar rebelde demais, não fique. Se ficar, reze para que nós o encontremos, e não as criaturas piores que nós. Coisas além de seus piores pesadelos, coisas que vão perseguí-lo em seus sonhos mais doces.
Então não nos procure.
Nem procure eles.
E pare de olhar debaixo da sua cama. Ou de olhar no armário. Por último, pare de abrir a porta ou a cortina do banheiro para se sentir mais seguro. Porque, certa vez, quando você o fizer, alguém estará lá. E eles não serão amigáveis. Você gostaria de saber o que eles estão fazendo ali, ou o que eles são.
Mas acredite em mim, eu fui uma vítima dessa ignorância. Você nunca deve perguntar perguntas as quais não quer saber as respostas. É isso mesmo. Joguei um joguinho. Perguntei algo que não queria saber a resposta, no fim das contas. E agora não é mais um joguinho, agora é vida. Agora estou preso para sempre. Dentro do mundo dos meus assassinos. Mas veja, eu não morri, eu estou aqui. Estou observando, Esperando. Apenas esperando para lhe puxar para dentro deste abismo no qual minha alma reside. Então apresse-se agora, porque a este ponto você já sabe demais, e eles já devem estar em sua casa. Olhando. Esperando. E na próxima vez que olhar procurando por eles ou por nós, não vamos nos esconder.
E lembre-se sempre: Não faça perguntas as quais não quer saber a resposta.
História Bizarra:Medo da chuva
Veja bem, não estou escrevendo esta creepypasta com o intuito de assustá-lo.
É apenas uma dica, um conselho, afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.
Estava no meu quarto, de porta fechada. Havia recém desligado o computador; assista televisão. Os jornais eram todos a mesma coisa: reclamando da seca, da falta de água, de como esse seria o verão mais quente de todos os tempos.
Estava com fome, mas não queria sair de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."
É aí que mora o problema, meus caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à noite.Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta. Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É qualquer coisa", pensei.
"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."
Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.
Continuei firme. Abri a porta, corri até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito. Corri como poucas vezs na vida. Atravessei o corredor e a sala duas vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta, trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva vindo da janela no fundo do quarto. "Estou seguro", cogitei. Por dois segundos.Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.
Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.
Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.
É apenas uma dica, um conselho, afinal, somos sete bilhões de pessoas no mundo e o que quer que tenha vindo ao meu encontro pode estar agora mesmo atrás de você.
Estava no meu quarto, de porta fechada. Havia recém desligado o computador; assista televisão. Os jornais eram todos a mesma coisa: reclamando da seca, da falta de água, de como esse seria o verão mais quente de todos os tempos.
Estava com fome, mas não queria sair de dentro do quarto sob hipótese alguma. Estava lendo algumas creepypastas e qualquer coisa vira creepy depois de uma sessão dessas histórias. Entretanto, não consegui me segurar por muito tempo. Me convenci de que qualquer coisa que eu pudesse ver ou ouvir seria fruto da minha mente amedrontada. Disse a mim mesma que precisava passar por cima do medo, rir do medo. "Nada acontece durante o dia por quê?! Cansei de pensar, no meio da rua em dias de sol: se há alguma coisa, apareça agora", lembrei. "Se houvesse alguma coisa realmente poderosa e perigosa, não iria esperar a noite e a solidão pra poder me assustar."
É aí que mora o problema, meus caros. Quando você desafia o sobrenatural, é lógico que ele vai querer fazer você sentir o pior medo possível. E ninguém é autoconfiante à noite.Encostei na maçaneta e ouvi um barulho. Era algo entre um sussurro e uma corrente de água, um tipo de chiado. Vinha de detrás da porta. Não de longe; parecia estar exatamente atrás da porta de madeira. "É qualquer coisa", pensei.
"Não vou desistir por causa de uma coisa tão besta. Ainda se fosse uma voz..."
Voltando à mesma teoria: será sempre - SEMPRE - o desconhecido.
Continuei firme. Abri a porta, corri até a cozinha, alcancei um pacote de salgadinhos. Correndo, eu admito. Corri como poucas vezs na vida. Atravessei o corredor e a sala duas vezes em menos de quarenta segundos. Entrei no quarto e bati a porta, trancando-a. Só conseguia ouvir meu coração e um barulhinho de chuva vindo da janela no fundo do quarto. "Estou seguro", cogitei. Por dois segundos.Foi aí que meu coração acelerou e alguma coisa incrivelmente gelada percorreu minha espinha. Paralisei de pavor.
Como eu pude ser tão imbecil?! Não havia chuva há quase dois meses.
Qualquer coisa que estivesse lá fora, eu deixei entrar.